Gravadora

A gravadora e editora musical Paulinas-COMEP (Comunicação Musical Editora Paulinas) faz parte do grupo Paulinas, que compreende a Editora de livros e revistas (“Família Cristã” e “Diálogo”), bem como produção de programas de rádio e televisão. Paulinas-COMEP foi fundada em 1960, em Curitiba, no estado do Paraná, com o nome de Edições Paulinas Discos pelas Irmãs Paulinas (Pia Sociedade Filhas de São Paulo).

Dos anos 60 até hoje, foi um longo caminho, iniciado na simplicidade, na audácia da fé e no entusiasmo de um imenso ideal. No começo, visou-se atender à necessidade de veicular os programas de rádio produzidos pela Paulinas, cujo objetivo é anunciar a Boa Notícia de Jesus Cristo, em toda a sua abrangência humana, cultural e espiritual, na atual cultura da comunicação.
Para melhor prosseguir sua missão evangelizadora, Edições Paulinas Discos transferiu-se para São Paulo (1964), passando a chamar-se Paulinas-COMEP. Desde então, foi progressivamente ampliando seus estúdios, aperfeiçoando seus equipamentos e qualificando seus colaboradores.

Nessa década, o mundo inteiro assistia ao fenômeno da comunicação da música popular em grande escala e da rápida e crescente expansão da revolução cultural. Em meio a esse turbilhão, soprou uma brisa de esperança sobre o mundo. Encerrou-se, em 1965, o Concílio Vaticano II, convidando a todos a uma abertura aos sinais dos tempos e a uma nova forma de evangelizar. Esse apelo encontrou ressonância em Paulinas-COMEP que acreditou e investiu na produção, não só de catequese e música litúrgica, mas também num lançamento pioneiro em nosso país: canções populares de conteúdo educativo e evangelizador.

Nesse período foram descobertos muitos talentos, músicos, poetas, entre os quais se destacou Pe. Zezinho (José Fernandes de Oliveira, scj): poeta, compositor, cantor evangelizando através de canções que levaram a Palavra de Deus, de forma nova e comunicativa aos recantos mais longínquos do Brasil e além de suas fronteiras.

  

Paulinas-COMEP hoje

Essa caminhada nunca arrefeceu o entusiasmo e a “audácia profética” ancoradas na fé da palavra de Cristo: “Ide por todo o mundo, proclamai o Evangelho a toda criatura” (Mc 16,15).

Estúdio AFoi assim que se prosseguiu na busca de sempre maior fidelidade à mensagem evangélica e de melhor qualidade e eficiência no processo de comunicação através da produção fonográfica. Surgiram, então, as novas instalações e estúdios em São Paulo, à Rua Botucatu, 171, em 1979.

A primeira gravação realizada no novo estúdio foi o LP “Natal hoje e sempre” (hoje remasterizado e presente no catálogo), com o coral do MASP, regido pelo maestro Walter Lourenção. O estúdio B, inaugurado em 1992, começou com a gravação da “Campanha da Fraternidade” do mesmo ano.

O estúdio A, com 117 metros quadrados, pode receber orquestras e corais. Conta com equipamentos de última geração, sistema digital e analógico e todo tipo de periféricos. Tanto o estúdio A, como o B foram construídos segundo rigorosas normas técnicas específicas. Atendem, basicamente, às gravações do selo Paulinas-COMEP, com artistas representantes das várias regiões do Brasil. Eventualmente, outros artistas se utilizam da locação dos estúdios para efetuar suas gravações. O aluguel é concedido a artistas que partilham com Paulinas-COMEP a mesma preocupação em prol dos valores humanos e evangélicos.

 

Nossa razão de ser


Quando olhamos para trás, percorrendo a nossa história, e quando nos detemos no presente, defrontando-nos com os enormes desafios da cultura da comunicação e do mundo digital, não podemos conter a admiração e nos perguntamos: como é possível? Um pequeno grupo de mulheres, religiosas, que começam e levam para frente por 50 anos uma gravadora do porte de Paulinas-COMEP. O que as motivou desde o início, o que as impulsiona no presente?

O segredo de tudo isso é simples, porém inexplicável se não houver uma luz que mostra o caminho, uma chama que arde no coração e impulsiona cada passo. Se não houver uma Palavra que é a nossa razão de ser: Jesus Cristo, o Reino que ele veio instaurar, a Boa Notícia que ele veio anunciar. A missão que ele nos confiou: “Recebereis uma força, a do Espírito Santo... e sereis minhas testemunhas... até os confins da terra” (At. 1,8).

Alguém pode se perguntar: mas, então, as produções fonográficas dessa gravadora são exclusivamente religiosas? Para responder a isso basta abrir o catálogo das nossas produções e ver a variedade dos temas e dos gêneros musicais que contemplam a demanda de um público heterogêneo. Não poderia ser diferente, porque a evangelização, a missão de comunicar a Boa Notícia – o Evangelho – é uma realidade rica, complexa e dinâmica.

O que anunciamos é a pessoa de Jesus na sua realidade humana e divina, sua vida, sua palavra e ação salvadora, seu sofrimento e morte, sua ressurreição. Seu Evangelho é patrimônio de toda a humanidade, sem excluir ninguém. Pertence a todos os povos, raças e religiões. Estende-se a todos os lugares, especialmente os mais pobres e distantes. Sua mensagem é compatível com todas as culturas, podendo impregná-las a todas sem, todavia, escravizar-se a nenhuma delas (Cf. E.N.n.º 20). Dirige-se à pessoa humana na sua integralidade: corpo e espírito. Adapta-se às diversas situações e é sempre atualizada, abrangendo as realidades humanas pessoais, familiares, sociais, econômicas e políticas, a vida internacional, a paz, a justiça e o desenvolvimento (Cf. E.N.n.º 29). É o anúncio da esperança que dá novo sentido mesmo às situações mais difíceis e dolorosas. No centro desta ação evangelizadora está “uma proclamação clara que, em Jesus Cristo, Filho de Deus feito homem, morto e ressuscitado, a salvação é oferecida a to dos os seres humanos, como dom da graça e da misericórdia do mesmo Deus” (E.N.n.º 27).

Essa mensagem, portanto, interpela toda a vida humana na sua realidade concreta. Não são alheios ao anúncio evangélico os graves problemas que afligem a humanidade. “Sem se limitar à simples e restrita dimensão econômica, política, social e cultural, a evangelização tem em vista a pessoa na sua integralidade, em todas as suas dimensões, incluindo a sua abertura para o absoluto, mesmo o absoluto de Deus” (Cf. E.N.n.º 33.)
 

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