A ideia de um mês dedicado a Maria remonta ao século XVII. Mas, foi no século XIX, que se criou o hábito de ofertar devoções especiais à Mãe de Deus a cada dia do mês de maio.

As paróquias costumam rezar diariamente o Terço e muitas preparam um altar especial com um quadro ou uma imagem de Maria. No último dia do mês ou no último domingo de maio, ocorre a coroação de Nossa Senhora. Os devotos confeccionam uma coroa de flores que representa a beleza e as virtudes de Maria, além de lembrar que devemos nos esforçar para imitar suas qualidades.

Ela é considerada a Rainha do céu e da Terra e intercede por nós junto a Deus. Para intensificar a presença de Nossa Senhora em nossos corações, a Paulinas Editora acaba de lançar o livro “Maria, discípula e missionária – Comunicadora de Jesus”, de autoria da Ir. Helena Corazza, fsp. O objetivo da obra é reavivar a presença de Maria em nossa vida cristã, para isso somos convidados a percorrer um caminho de oração.

Confira mais detalhes nesta entrevista com a autora:

Ir. Helena Corazza, fsp, autora do livro. Foto: Juliene Barros

- Por que um livro sobre Maria? Quais foram as motivações para este novo título?

Este livro foi pensado e preparado para um mês com Maria. Agora neste mês de maio ou em qualquer mês do ano. São 31 encontros orantes para que pessoas, grupos, comunidades e paróquias possam rezar em homenagem a Maria.  O título saiu um pouco do meu coração, deste momento eclesial em que Maria, desde a Conferência de Aparecida (2007) é colocada como discípula missionária (DAP n. 266). Comunicadora de Jesus porque esta é sua missão: apresentar Jesus ao mundo. Cada encontro vai percorrendo o itinerário de Maria e, ao mesmo tempo, olhando para ela, vem o apelo de sermos discípulos e missionários em nosso dia a dia.

- Fale sobre a sua experiência com Maria, sua devoção e a característica “comunicadora” de Maria.

Partindo da experiência da devoção a Maria na família e na minha paróquia de origem, o título venerado é Nossa Senhora de Fátima, que caminha conosco. Na Congregação das Filhas de São Paulo, veneramos Maria como a Rainha dos Apóstolos, aquela que tem a missão redentora de dar Jesus ao mundo. Tanto que a imagem revela isso, ela não retém Jesus para si, nem o acaricia em seu colo, mas estende os braços e dá! Com o carisma da comunicação de Jesus pelos meios de comunicação, a espiritualidade paulina é toda fundamentada nessa ótica. Ao longo da vida e dos estudos, sobretudo depois que fiz Jornalismo, minha espiritualidade foi cultivada sempre nesse olhar da comunicação, daí olhar e falar de Maria como comunicadora porque quem apresenta, quem caminha ao encontro das pessoas como fez Maria, está comunicando.

- O livro propõe uma caminhada com Maria. Por que é importante reavivar sua presença em nossa vida? O que vou encontrar durante este percurso de oração?

Sim, é uma caminhada de 31 dias, começando com a Sagrada Família de Nazaré, passando pelos anúncios que Maria recebeu, pelas visitas que fez, pela acolhida dos pastores e dos reis magos no presépio, a apresentação de Jesus ao Templo, o acompanhamento a Jesus na vida pública, na Cruz, no Pentecostes até nosso culto, nossa devoção e coroação de Maria. 

Cada encontro traz um trecho da Palavra de Deus, uma reflexão, um espaço para a oração, as intenções e uma bênção. E a cada dia, sugiro, no final de cada encontro, alguma atitude prática porque assim como Maria fez em sua vida. Podemos cair numa devoção abstrata sem olhar para Nossa Senhora como uma pessoa, alguém que viveu na simplicidade como nós. É claro que sobre ela havia um grande projeto de Deus.

Nós caminhamos com Maria e neste tempo de Igreja a vemos como discípula que aprende e missionária que comunica Jesus em todos os momentos. Essa é também uma inspiração e um apelo de Deus para nós. Todo o caminho proposto quer levar a uma experiência de fé, de esperança e de amor, acreditando que podemos, como Maria, ser comunicadores de Jesus com nossa vida, atitudes, em todos os ambientes.

- O que você deseja para os leitores? A leitura vai abençoar ainda mais sua experiência pessoal com a mãe de Deus?