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2025, Ano Jubilar cheio de esperança

“A esperança nasce do amor e funda-se no amor que brota do coração de Jesus transpassado na cruz” (Francisco, Spes non Confundit, n. 3)

Inspirados na tradição bíblica, os cristãos católicos celebram, há séculos, Anos Jubilares, um tempo que bendiz a ação de Deus na história (aliança com seu povo) e propõe posturas ético-religiosas para a Igreja. 

A palavra “jubileu” vem de júbilo, que significa alegria, porque o jubileu é uma ocasião em que se comemora algo. Também chamado de “Ano Santo” – porque é um tempo no qual se experimenta que a santidade de Deus nos transforma –, esse evento iniciou na Igreja em 1300, com Bonifácio VIII, que proclamou o primeiro Jubileu. 

A sua frequência mudou ao longo do tempo: no início, era a cada 100 anos; passou para 50 anos, em 1343, com Clemente VI, e para 25 anos, em 1470, com Paulo II. 

Também há jubileus “extraordinários”: por exemplo, em 1933, Pio XI quis recordar o aniversário da Redenção, e em 2015, o Papa Francisco proclamou o Ano da Misericórdia. 
 
A forma de celebrar esses anos também mudou ao longo do tempo: na sua origem, fazia-se a visita, isto é, a peregrinação, às basílicas romanas de São Pedro e São Paulo; mais tarde, foram acrescentados outros sinais, como a abertura da Porta Santa, simbolizando a passagem da história e a concessão de indulgências aos fiéis que visitam esses locais durante o Jubileu. O ano jubilar é um dom especial da graça, caracterizado pelo perdão dos pecados e, em particular, pela indulgência – expressão plena da misericórdia de Deus.

Essas indulgências plenárias são consideradas dons de Deus, que ajudam a reparar os pecados e a obter uma maior purificação espiritual.

Durante um Jubileu, os fiéis são incentivados a aprofundar sua vida espiritual, participar da reconciliação e praticar atos de caridade. O Jubileu sempre representou, na vida da Igreja, um acontecimento de grande relevância espiritual, eclesial e social.

O de 2025, convocado pelo Papa Francisco, é um tempo especial de graça, durante o qual homens e mulheres podem redescobrir o amor de Deus pela humanidade e seus reflexos na relação com os irmãos.

Em se tratando de um evento colocado durante o ano todo pelo Papa, sucessor de Pedro (“Agora te digo eu: tu és Pedro, e sobre esta rocha edificarei minha igreja, e as portas do Hades não triunfarão sobre ela”. Mt 16, 18) e representante de Cristo para nossa Igreja, é algo muito importante, uma graça especial.

Com o tema “Peregrinos de esperança”, o Papa nos convida a ser esse povo de Deus unido pela aliança que propaga a esperança, pois, apesar dos males e do sofrimento que o mundo enfrenta, sabemos que sempre há um caminho a seguir e uma luz que nos guia.

Ser peregrino significa partir todos os dias, recomeçar sempre, reencontrar o entusiasmo e a força para percorrer as várias etapas do percurso, que, apesar das fadigas e dificuldades, sempre abre diante de nós novos horizontes e panoramas desconhecidos.

É tempo de renovar a esperança e buscar revalorizar a nossa fé. Nós somos todos peregrinos de esperança. 

O ano Jubilar começa no dia 24/12/2024, com a missa de abertura às 19h.

“Chama viva da minha esperança,
este canto suba para Ti!
Seio eterno de infinita vida,
no caminho eu confio em Ti!”

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