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A Bíblia, sua fonte de luz

Paulinas, nascida, sustentada, com o carisma de viver e comunicar a Palavra, apresenta e disponibiliza a todos A Bíblia

Foto: Juliene Barros

A Bíblia, Livro dos Livros, é uma grande biblioteca onde Deus marca encontro com seu povo. Ali, todas as questões e situações são apresentadas sob o olhar de Deus. Nela está a luz, o núcleo da fé cristã: a vida, a paixão, a morte e a ressurreição de Jesus Cristo.

Fonte da evangelização

Toda a caminhada e vida da Igreja, povo de Deus, passa pela Bíblia. Como afirma o Papa Francisco: “Toda a evangelização está fundada sobre esta Palavra escutada, meditada, vivida, celebrada e testemunhada. A Sagrada Escritura é fonte da evangelização”(EG 174).

A liturgia ilumina-se com a Palavra.

As principais orações cristãs são de inspiração bíblica: o Pai-Nosso, a Ave-Maria, o Credo, que sintetiza as verdades proclamadas na Bíblia.

A ação pastoral da Igreja tem como fundamento as bem-aventuranças, as verdades e o seguimento de Jesus Cristo.

 A espiritualidade cristã e as diferentes formas de oração são baseadas na leitura orante, atenta e cuidadosa da Bíblia.

Além disso, a Bíblia é também um patrimônio cultural da história da humanidade.

Fonte de luz

 “Tua palavra é uma lamparina para meus pés e uma luz para minha trilha.” (cf. Sl 109,105)

O professor e biblista Matthias Grenzer comenta: “A “lamparina” acesa gera “luz”. O mesmo se espera da “palavra” de Deus. E a “luz” é importante, uma vez que o ser humano, repetidamente, é cercado de escuridão em sua vida. Mais ainda, em diversos momentos, nem há um caminho facilmente identificável. Por isso, o Salmo 119 fala de “trilha”, isto é, de uma vereda estreita, pouco nivelada e tortuosa, com a vegetação invadindo o espaço.

Multiplica-se, portanto, o perigo de tropeçar e/ou de perder a direção. Não obstante, o orante no Salmo 119 cultiva a esperança de que a “palavra” de Deus gere “luz” suficiente para ele achar o caminho.

A Bíblia, tradução nova de Paulinas Editora, procura ser literal e, com isso, exata ao traduzir, no caso dos Salmos, poemas líricos originalmente configurados em hebraico. De fato, Salmo 119,105 convida seus ouvintes-leitores a pensar, de forma mais específica, em “lamparina” e “trilha”, e não, de forma mais genérica, em lâmpada e caminho”. 

Por que a nova tradução A Bíblia?

Muitas traduções foram feitas da Bíblia. No entanto, existe uma importante recomendação do Concílio Vaticano II:  “A Igreja procura, com solicitude maternal, que se façam traduções aptas e fiéis nas várias línguas, sobretudo a partir dos textos originais dos livros sagrados” (Dei Verbum, 22).

O Papa Francisco por sua vez, recomenda: “O estudo da Sagrada Escritura deve ser uma porta aberta para todos os crentes. É fundamental que a Palavra revelada fecunde radicalmente a catequese e todos os esforços para transmitir a fé. A evangelização requer a familiaridade com a Palavra de Deus”. (EG 175).

Em vista desta proximidade da Palavra, para que seja “luz” e  uma “porta aberta” a todos, é que Paulinas, nascida, sustentada, com o carisma de viver e comunicar a Palavra, apresenta e disponibiliza a todos "A Bíblia".

Tradução de Paulinas

Seguindo as recomendações principais da Dei Verbum, n. 22,  Paulinas fez uma tradução da Bíblia atenta às seguintes características: apta e fiel com técnica, cuidado, atenção e segurança; elaborada por um grupo de especialistas, muitos acadêmicos na área, que trabalharam, em equipe, com base em textos e métodos seguros, evitando o máximo possível: acréscimos indevidos, exclusões desnecessárias, e com aprovação eclesiástica da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), com Nihil obstat (“nada obsta”: sem problemas doutrinais), Imprimatur (“imprima-se”: permissão oficial de impressão), a partir dos textos originais, isto é, das línguas originais: hebraico, aramaico e grego.

O caminho feito

Por muito tempo a Igreja usou como texto-base para as traduções da Bíblia a Vulgata, uma tradução de São Jerônimo, falecido em 420.

O Concílio Vaticano II, pediu que fossem feitas novas traduções da Bíblia “a partir dos textos originais”, como o fez São Jerônimo, em sua época.

Uma nova tradução da Bíblia se justifica porque os estudos bíblicos descobrem novos manuscritos e variantes textuais, passam a utilizar novos métodos de análise, fazem uso cada vez maior de ferramentas eletrônicas e porque a sensibilidade humana na recepção dos textos muda ao longo do tempo. A própria língua portuguesa, como língua viva, muda e exige atualizações de estilo e de vocabulário.

Notas e introduções

As notas, em estreita relação com a tradução, ajudam na compreensão mais aprofundada do texto bíblico nos estudos bíblicos, na leitura espiritual pessoal e comunitária, na preparação da liturgia, na leitura literário-cultural da Bíblia.

Apresentam abundantes referências bíblicas: como os textos bíblicos se relacionam uns com os outros (intertextualidade e canonicidade), uma passagem pode ajudar a explicar outra.

As Introduções de cada livro apresentam quem é o autor do livro, quando e onde o livro foi redigido, a quem o livro se destina originalmente, qual a estrutura do livro, quais os principais temas do livro, caderno de mapas com os principais lugares bíblicos.

Na capa, os símbolos

O elemento-síntese destacado na imagem de “A Bíblia” é a junção de dois símbolos fortes da trajetória de todo cristão: a cruz e a chama.

O professor e biblista Matthias Grenzer explica:  "A cruz sintetiza a nossa fé em Jesus Cristo, que, em razão de sua vida, foi morto e ressuscitado. Como discípulos-missionários, seguimos o seu mandato de evangelização “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações [...] eu estarei convosco todos os dias, até o fim dos tempos” (cf. Mt 28,19-20).

A chama evoca a presença do Espírito Santo prometido por Jesus, que desceu sobre os apóstolos na forma de línguas de fogo, transformando-os em corajosos seguidores do Ressuscitado (cf. At 2,3-4). A vivacidade do Espírito Santo simbolizada na chama expressa o dinamismo vital da esperança cultivada pela fé.

Nesta unificação de sentidos dá-se a unidade que a Palavra de Deus, como texto sagrado, é para cada um que a toma em mãos: fundamento que nos liga aos irmãos e aos céus, espelho de nossa realidade humana no encontro com o sagrado, proximidade de nosso Deus, que continua a caminhar junto com seu povo, sinal de fé e esperança na experiência pessoal e comunitária do cristão.

A cruz e a chama, formando um único símbolo, expressam nosso compromisso com a Palavra Sagrada, lida individualmente ou proclamada nas famílias e comunidades. São um convite a entrar no caminho de Jesus e a testemunhar a fé, a esperança e o amor para que todos tenham vida em abundância. Em suma, é um convite ao leitor do texto bíblico a uma relação participativa e responsável no projeto de amor do Pai revelado à humanidade, através dos tempos, e que tem seu ápice no mistério pascal de seu Filho Jesus e continuidade na missão do Espírito Santo e na vida da Igreja", conclui o biblista.

Sobre a cor vermelha, da capa também há uma explicação:  "É uma das cores da  logomarca Paulinas que simboliza sua atividade apostólica. O vermelho indica dinamismo, coragem, decisão, atividade, martírio (testemunho), estimula à ação, é expressão de energia e vitalidade. É a cor do sangue e do coração humano, conhecida por estimular a circulação e melhorar a autoestima",  explica o biblista.

A luz está acesa

A “porta está aberta para todos”. A luz está acesa. Paulinas, fiel a seu carisma, apresenta a todos, com imensa alegria, este Livro dos Livros, que precisa estar na sua biblioteca e sobre sua mesa de casa, de trabalho, de pastoral. Não para ornamentar, mas para ser a “fonte” de seu pensar, de suas decisões, de seus relacionamentos, de suas atividades, de sua vida!

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