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A hora e a vez do livro

Conheça sua importância, fique por dentro do cenário editorial brasileiro e inspire-se com frases de autores famosos 

Foto: Pexels

Você já percebeu como o mês de outubro é especial no que diz respeito à educação brasileira? É que ele reúne o Dia Nacional da Leitura (12), o Dia do Professor (15), o Dia Nacional do Livro (29) e o Dia Nacional da Poesia (31). Ah, o livro... ele é a porta de entrada para o aprimoramento do vocabulário e estímulo do raciocínio e interpretação. É ele que também desenvolve a escrita, pois auxilia na formulação e organização das linhas de pensamento.

Nos últimos anos assistimos ao fechamento de grandes redes de livrarias, o que nos leva a pensar no futuro das lojas físicas e no interesse do público brasileiro pela leitura. As pessoas estão lendo menos? As livrarias físicas deixarão de existir? 

Presidente da CBL (Câmara Brasileira do Livro), Sevani Matos. Foto: Divulgação

Quem responde a estas perguntas é a presidente da CBL (Câmara Brasileira do Livro), Sevani Matos. E ela é categórica ao dizer “não”. “As lojas físicas não deixarão de existir, elas são essenciais para a venda de livros. O principal papel da livraria é incentivar a disseminação do livro e da leitura em nosso país, e possibilitar uma aproximação ainda maior entre escritor e leitor. A livraria é um lugar de descoberta de novos títulos e novos autores”, afirma.

De acordo com dados da ANL (Associação Nacional de Livrarias), desde 2022, houve a abertura de mais de 100 estabelecimentos físicos no Brasil. Segundo a 5ª edição do Anuário Nacional de Livrarias com dados de 2023, o Brasil tem 2.972 livrarias espalhadas pelos cinco cantos do país.

Desafios e tecnologia

O mercado editorial se mostrou bastante resiliente ao superar os desafios dos últimos anos. A pandemia de Covid-19 e o fechamento de grandes redes impulsionou a criatividade e a inovação no modo como as livrarias operam. “Os últimos anos foram desafiadores para o nosso segmento, tanto pela pandemia como pela crise econômica. Por um lado, percebemos que a pandemia incentivou a retomada do hábito da leitura pela população, por outro, afastou as pessoas de frequentarem as livrarias físicas. O livro é uma ferramenta básica de educação, conhecimento, cidadania e de mobilidade social, por isso é tão importante cultivarmos o hábito da leitura na população”, explica Sevani Matos.

De acordo com a pesquisa Retratos da Leitura no Brasil (2019-2020), realizada pelo Instituto Pró-Livro, existem 27 milhões de leitores, consumidores de livros nas classes C, D e E. Leitores que pesquisam muito antes de adquirir seus livros, o que fez a venda de livros online ultrapassar a das lojas físicas. “As operações são cada vez mais complementares, mostrando também a importância das livrarias físicas, que continuam sendo muito procuradas na hora de conhecer os títulos e ter indicações ou sugestões de novas obras e autores”, completa a presidente da CBL.

Quanto à tecnologia tão presente em diversos momentos de nosso dia a dia, ela também é uma ferramenta essencial para a promoção do hábito da leitura e divulgação de livros, seja no formato digital ou impresso. Os e-books e audiobooks são uma realidade do setor há anos.

Bienais e feiras de livros

A realização das Feiras de Livro e Bienais representa um papel relevante no mercado editorial e livreiro. Elas apresentam os lançamentos nesses ambientes e aproximam o público das obras e dos autores. São espaços em que o fã pode se aproximar e trocar ideias com seu autor favorito, uma experiência prazerosa e inesquecível para ambas as partes. 

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“São oportunidades de trabalharmos o interesse e o incentivo à leitura, para que após esses eventos os leitores procurem mais livros e livrarias. A Bienal do Livro de São Paulo, por exemplo, tem caráter cultural e de sociabilidade e, portanto, traz o melhor de dois mundos, pois permite o resgate da perspectiva coletiva da leitura, com declamações, saraus e discussões sobre livros, e, por outro lado, estimula a criticidade e autonomia do leitor, valorizando o livro e a sua apropriação pelo público do evento. Já no âmbito de negócios, a Bienal contribui diretamente para o crescimento do mercado editorial”, destaca Sevani.

Últimas tendências

As últimas tendências em bienais e feiras de livros incluem a expansão para o formato virtual, proporcionando acesso global; um foco crescente em diversidade e inclusão; integração de tecnologia e interatividade para uma experiência mais envolvente; além de um compromisso com a sustentabilidade e práticas ambientalmente responsáveis. 

“Com base na nossa experiência, acreditamos no avanço da abordagem de temas atuais e relevantes; o apoio a novos autores; oferecimento de uma programação multidisciplinar e diversificada; e uma maior integração com comunidades locais, visando promover a cultura literária de forma mais inclusiva e abrangente. Essas tendências refletem a evolução contínua no planejamento e realização de eventos literários, em sintonia com as expectativas e interesses do público contemporâneo”, finaliza a presidente da CBL.

 

Sobre o livro...

- Sempre imaginei que o paraíso fosse uma espécie de livraria. (Jorge Luis Borges)
- Um livro é um brinquedo feito com letras. Ler é brincar. (Rubem Alves)
- As pessoas não compreendem como toda a vida de um homem pode ser mudada por um único livro. (Malcolm X) 
- Um livro é um sonho que você segura com as mãos. (Neil Gaiman)
- Um país se faz com homens e livros. (Monteiro Lobato) 
- Sem livros, dificilmente se aprende a gostar de ler. (Ruth Rocha)
- Os livros não matam a fome, não suprimem a miséria, não acabam com as desigualdades e com as injustiças do mundo, mas consolam as almas, e fazem-nas sonhar.  (Olavo Bilac)
- Os livros são espelhos da alma. (Virginia Woolf) 


 

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