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Às vezes, num único mês, acontece o aniversário do primo, da tia, do irmão, festa de bodas, churrasco no feriado prolongado e almoço de domingo na casa da avó... Ufa! Haja encontro com a família!
As reuniões familiares desempenham um papel fundamental na construção e manutenção dos laços familiares. Elas proporcionam um espaço de convivência e troca de experiências. Esses encontros são oportunidades de celebrar momentos especiais e fortalecer a identidade da família.
A psicóloga clínica, fundadora do Instituto Psicologia Médica, de Belo Horizonte (MG), Aline Helena Rodrigues, afirma que é a presença que estabelece o afeto na família: “Existem duas formas de marcar nossa memória: pelo afeto ou pela dor. Quando escolhemos o afeto, geramos vida e bem-estar para toda a família. E isso acontece nesses encontros, ali são criadas memórias afetivas. Por isso, é importante refletir: quais memórias vamos deixar de legado para as pessoas que amamos?”, indaga.
Interferência direta
Você já refletiu sobre a influência da sua família no desenvolvimento da sua personalidade? Afinal, qual é a relevância da convivência familiar para a formação da personalidade de cada um?
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Uma convivência equilibrada e afetuosa entre pais e filhos é essencial para o desenvolvimento saudável de crianças e adolescentes. Entretanto, quanto mais pessoas contribuírem para o bem-estar psicológico dos pequenos e fizerem parte de sua convivência, melhor.
Uma convivência afetiva e cuidadosa entre crianças e seus familiares é um dos pilares para o desenvolvimento saudável. Essa condição é indispensável na formação de adultos mais conscientes e responsáveis. Afinal, cada um precisa do contato do outro para se tornar uma pessoa melhor, em todos os aspectos da vida. “Quem cresce alicerçado por esses valores goza de proteção e amparo, e consequentemente apresenta um crescimento emocional e afetivo mais potente”, completa Aline Helena.
Conflito em família
Nem tudo são flores nas reuniões em família. Quase sempre tem uma tia que exagera na fofoca ou um primo que não sabe fazer outra coisa a não ser provocar intrigas.
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É importante destacar que os conflitos são uma parte da vida em família. É normal que, em algum momento, o comportamento de alguém não seja apreciado por nós. O que não podemos fazer é perder a paciência e explodir bem no meio da ceia de Natal.
“Toda família passa por esse desafio de conviver com um parente chato ou sem noção. Nessa hora, precisamos trabalhar a aceitação e a autocompaixão. Aceitar que este comportamento faz parte da história desta pessoa, muitas vezes são ressentimentos ou feridas emocionais que não foram resolvidas. Quando eu consigo enxergar desta forma, há um distanciamento, consigo reconhecer o sofrimento do outro e entender que não posso mudar aquela realidade. Mas consigo olhar aquela vivência de uma forma mais amorosa”, explica a psicóloga.
A festa tem que continuar!
Não permita que nada – nem ninguém –, acabe com o brilho da festa. Siga as orientações, drible o parente chato e celebre sua família!
1. Não caia em provocações. Se há assuntos espinhosos pendentes, esse não é o momento de falar sobre isso.
2. Pense bem: vale a pena fazer uma cena ou se envolver em um conflito durante a reunião familiar?
3. Retire-se antes de chegar ao limite.
4. Concentre-se em quem se sente feliz por ter a família reunida, faça isso por eles.