Música

A missão do músico na Igreja

A arte da música é também evangelização. Um serviço que exige preparação, vida de oração, além de formação litúrgica e doutrinal

Foto: Juliene Barros

Ser músico na Igreja é muito mais do que ter dom para cantar, tocar ou compor. É viver um verdadeiro chamado missionário. Por meio das notas e melodias, o músico evangeliza, reza e anuncia a presença de Deus. É um ministério que exige sensibilidade, técnica e, acima de tudo, vida interior.

O missionário que evangeliza com a música precisa cultivar o mesmo espírito de quem é enviado a anunciar a Boa-Nova. Sua voz, seu instrumento e até o silêncio, entre uma canção e outra, podem ser espaços de encontro com Deus.

Música e apostolado: evangelizar por meio da beleza

O Papa João Paulo II, na “Carta aos Artistas”, recorda que “a arte é uma ponte entre o mistério invisível e o mundo visível”. No contexto litúrgico e pastoral, o músico se torna essa ponte viva: ajuda a comunidade a rezar, a escutar e a experimentar a beleza do divino.

Ser músico na Igreja é uma vocação que floresce quando a arte se torna oração.

É colocar o talento a serviço da Palavra, a melodia a serviço da fé e o som a serviço da voz de Deus que fala ao coração.

Foto: Juliene Barros

Formar-se para servir melhor

Entoar cantos religiosos ou traduzir o Evangelho e os Salmos em melodias é, sobretudo, um serviço. E todo serviço exige preparação. Formação musical e técnica são fundamentais, mas devem caminhar juntas com a vivência espiritual. O músico da Igreja precisa ser, antes de tudo, uma pessoa de oração.

Uma parte importante da musicalidade na Igreja é a litúrgica. O canto é elemento integrante da celebração e não um “acessório”. Por isso, é essencial que cantores, compositores, instrumentistas, maestros e produtores busquem formação constante.

Orientações práticas 

Alguns são os caminhos para a formação do músico evangelizador:

●    O estudo dos documentos da Igreja sobre a liturgia, o conhecimento dos tempos litúrgicos e a atenção aos textos bíblicos e catequéticos são meios para o músico viver sua missão com mais consciência e profundidade;
●    Cultivar a intimidade com Deus e ter o auxílio de um diretor espiritual; 
●    Inspirar-se em Santa Cecília, padroeira dos músicos. Ela é uma grande intercessora para que a arte e a fé caminhem juntas na trajetória dos músicos. A vida da santa testemunha que a música é um dom a serviço do amor e da comunhão;
●    No Universo Paulinas, você encontra conteúdos que podem auxiliar na caminhada de formação: dicas litúrgicas, reflexões catequéticas e temas sobre música na liturgia. 
●    Inúmeras canções do acervo Paulinas-COMEP estão nas plataformas digitais para a execução durante a Liturgia, celebrações, encontros e retiros 
●    Frei Luiz Turra é um grande músico e professor quando o assunto é música litúrgica. Nas plataformas digitais e também no Universo Paulinas, pode-se encontrar orientações dele sobre o canto na Liturgia, seu sentido e como selecionar as canções. 
●    Além disso, o religioso já lançou diversos álbuns da série “Cantando os Evangelhos” com composições destinadas ao momento da Comunhão para o Tempo Comum (Ano A, Ano B, Ano C), Advento (Ano A, Ano C) e Quaresma (Ano B, Ano C). 

Acima de tudo, que cada músico, ao cantar ou tocar, possa evangelizar com a própria vida. Que cante porque crê, toque porque ama e sirva porque deseja tornar o nome do Senhor cada vez mais conhecido!

Saiba mais:

-    Vamos participar da missa? - Frei Luiz Turra 
-    Pastoral da música litúrgica no Brasil - 7 
-    Os Salmos da Bíblia - Luis I. J. Stadelmann, SJ
-    Leitores, salmistas e ministros da Palavra - Bruno Carneiro Lira, osb 
-    Dança, ó terra! - Leonardo Agostini Fernandes, Matthias Grenzer 
-    Tempo e canto litúrgicos - Bruno Carneiro Lira, osb 
-    A arte do canto e da música na liturgia - Karoline Menezes

 

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