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A origem da devoção à Nossa Senhora das Graças

A Virgem apareceu três vezes a Santa Catarina Labouré e, por intermédio dela, foi cunhada a Medalha Milagrosa

Capela de Nossa Senhora da Medalha Milagrosa localizada em Paris, França. Foto: Fabiano Dias Pinto

Para falar sobre Nossa Senhora das Graças, é preciso conhecer Catarina Labouré, uma religiosa da Congregação das Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo que vivenciou muitas experiências místicas e visões. As mais marcantes são com a Virgem Maria.

Foram ao todo três visões da Virgem em diferentes datas:

- A primeira aconteceu em 18 de julho de 1830 – a freira foi despertada de seu sono pelo seu anjo da guarda que a levou até a capela do convento, onde a mãe de Jesus a aguardava. Nessa primeira visão, Nossa Senhora comunicou sua missão, deu direcionamentos sobre a vida cristã e revelou profecias relacionadas à França.

- A segunda (e mais importante) aparição foi em 27 de novembro de 1830 na mesma capela – desta vez a freira viu dois quadros vivos que mostravam a Virgem de pé sobre o globo terrestre, esmagando a cabeça de uma serpente. Os dedos de Maria tinham anéis que emanavam raios de luz e ao seu redor havia uma moldura com a inscrição “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós”. Catarina recebe instruções de Nossa Senhora: “Tu deves cunhar uma medalha a partir deste modelo. As pessoas que a usarem depois de indulgenciada receberão grandes graças, especialmente se usarem em torno do pescoço; graças serão distribuídas abundantemente sobre aqueles que tiverem confiança”.

- A terceira visão é idêntica à segunda, com a diferença de que Nossa Senhora aparece em cima e atrás do sacrário, onde hoje existe uma imagem que representa essa aparição.

A medalha milagrosa

A medalha milagrosa de Nossa Senhora das Graças. Foto: Domínio Público

Assim que recebeu as orientações de Nossa Senhora para a confecção da medalha, a freira apresentou a missão ao seu pároco, que não deu muita bola e pediu que ela deixasse isso de lado. Só mais tarde é que a situação foi levada ao arcebispo, que não viu motivos para negar a fabricação das medalhas.

A França enfrentava uma terrível epidemia de cólera quando as irmãs iniciaram a distribuição das primeiras medalhas. Às medalhas – então conhecidas como “Medalhas de Nossa Senhora das Graças” – foram atribuídas inúmeras proteções e curas, sem falar do número crescente de conversões. Em pouco tempo, toda a cidade já se referia ao objeto como “Medalha Milagrosa”.

Em 1835, já havia mais de um milhão de medalhas e, na ocasião da morte de Catarina Labouré, em 1876, foram distribuídas mais de um bilhão de medalhas pelo mundo. Importante destacar que a freira não permitiu que ninguém além de sua madre e seu diretor ficasse sabendo das suas visões.

Santa Catarina Labouré

Santa Catarina Labouré. Foto: Fabiano Dias Pinto

Catarina permaneceu no silêncio e na humildade, assim como a Virgem Santíssima, que nunca quis glórias para si. Após 46 anos de sua morte, quando abriram seu caixão, presenciaram seu corpo sem nenhum sinal de decomposição. O corpo da freira, canonizada em 1947, permanece incorrupto até hoje. É possível visitá-lo no Santuário de Nossa Senhora das Graças, na França.

O dia de Santa Catarina Labouré é celebrado em 28 de novembro, um dia depois do dia de Nossa Senhora das Graças.

Oração a Nossa Senhora das Graças

Eu vos saúdo, ó Maria, cheia de graça! Das vossas mãos voltadas para o mundo as graças chovem sobre nós. Nossa Senhora das Graças, vós sabeis quais as graças que são mais necessárias para nós. Mas eu vos peço, de maneira especial, que me concedas esta que vos peço com todo o fervor de minha alma (faça o seu pedido).
Jesus é Todo-Poderoso e vós sois a Mãe Dele; por isto, Nossa Senhora das Graças, confio e espero alcançar o que vos peço. Amém.

 

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