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Avanços em torno do câncer

Progressos tecnológicos e novos tipos de tratamento fazem do câncer uma doença cada vez mais curável

Foto: Freepik

Até outro dia, tratava-se de uma palavra não pronunciável, uma sentença fatal. Ainda é uma doença cercada de preconceitos, mas muita coisa evoluiu em torno do câncer. Com base nos avanços tecnológicos e nos novos tipos de tratamento, a população e a comunidade científica têm motivos para comemorar.

De forma geral, entre 60% e 68% dos tipos de câncer já têm cura. Alguns tipos chegam a 100%. “Quanto antes o câncer for detectado e tratado, mais efetivo será o tratamento e assim, maior a possibilidade de cura e qualidade de vida do paciente. Com base neste conhecimento são realizadas medidas de diagnóstico precoce com o objetivo de descobrir, o mais cedo possível, uma doença por meio dos sintomas e/ou sinais clínicos que o paciente apresenta. O Programa Nacional para o Controle do Câncer da OMS (Organização Mundial da Saúde) permite realizar hoje mais diagnósticos do que antes”, explica a coordenadora da Coordenação de Prevenção e Vigilância do Câncer (CONPREV) do Instituto Nacional de Câncer (INCA) do Ministério da Saúde, Márcia Sarpa.

Márcia Sarpa. Foto: Divulgação

Melhorias no tratamento

Além de aumentar mais ainda a porcentagem de cura, o desafio atualmente é evitar que o paciente tenha sua qualidade de vida comprometida pelas reações aos medicamentos do tratamento, preparando sua recuperação para os próximos anos de vida.

O tratamento do câncer hoje é multidisciplinar e envolve diversas áreas como hematologia, radioterapia, patologistas, psicólogas, nutricionistas e fisioterapeutas. A quimioterapia tradicional aliou-se à terapia alvo-molecular – mais eficiente, com efeito apenas sobre as células tumorais, causando menos efeitos colaterais. 

Foto: Freepik

“Avanços na abordagem do câncer aconteceram nos últimos anos, principalmente no que diz respeito a cirurgias menos mutilantes, assim como a busca da individualização do tratamento. O tratamento varia de acordo com o tipo de câncer, o estadiamento da doença, suas características biológicas, bem como das condições do paciente. Isso significa que atualmente as terapias-alvo, a hormonioterapia (um novo modelo de quimioterapia) e a imunoterapia vêm ganhando espaço na clínica médica, de acordo com o perfil genético de alguns tumores”, acrescenta Márcia Sarpa.

Diagnóstico precoce

Você tem a impressão de que hoje existem muito mais casos de câncer? Já reparou em quantos artistas e pessoas públicas expõem sua luta contra a doença? Com certeza você conhece alguém na família ou na vizinhança que já passou por isso. De acordo com a OMS, o câncer é a segunda doença que mais mata no mundo, com cerca de 9,6 milhões de óbitos por ano e, nos próximos 25 anos, passará a ser a primeira. 

Fatores que aumentam consideravelmente os valores de incidência nas estatísticas são os diagnósticos cada vez mais precoces e o envelhecimento da população. Ao mesmo tempo, de acordo com levantamentos americanos, houve uma queda geral na mortalidade por câncer, justamente por conta desses diagnósticos que possibilitam tratamentos cada vez mais eficazes e em tempo hábil. 

Foto: Pexels

“Com o diagnóstico precoce, o câncer pode ser detectado em um estágio potencialmente curável, melhorando a sobrevivência e a qualidade de vida. O objetivo geral das ações de diagnóstico precoce é possibilitar a confirmação diagnóstica do câncer o mais breve possível, sendo necessário diminuir as barreiras de acesso e qualificar a oferta de serviços, bem como garantir a integralidade e a continuidade do cuidado na Rede de Atenção à Saúde (RAS)”, completa a coordenadora do INCA.

Hábitos preventivos

Parar de fumar, evitar o abuso de álcool, o sedentarismo e modificar hábitos alimentares são atitudes capazes de evitar cerca de um terço de todos os casos de câncer. Outro fator importante é não se expor ao sol, sem a aplicação de protetor solar. “Os programas de rastreamento e vacinação também colaboram para reduzir a carga de certos tipos de câncer”, acrescenta Márcia Sarpa.

A orientação é realizar periodicamente os exames que podem detectar a presença de qualquer alteração nos órgãos de maior incidência ao câncer.

Para a mulher é essencial fazer mamografia uma vez por ano, a partir dos 40 anos de idade. Somente esta medida reduz a mortalidade por câncer de mama em 30%.

Outros exames como papanicolau e colonoscopia são importantes para evitar casos de câncer de colo de útero e cólon, respectivamente.

No homem é indicada a colonoscopia, além do toque da próstata e o exame de PSA, a partir dos 50 anos, para prevenção de câncer de cólon e próstata.


 

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