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Benefícios das plantas para a saúde física e mental

Os ambientes naturais oferecem estímulos sensoriais relaxantes que reduzem a hiperatividade mental

Foto: Pexels

Diz o ditado: “quem planta, colhe”. Mas, você sabia que quem cuida de plantas ou cultiva uma horta colhe benefícios para sua saúde física e mental?

Estudos comprovam que no aspecto mental, mexer com a terra está associado à redução do estresse e ao alívio da ansiedade. A interação com plantas estimula a produção de serotonina, um neurotransmissor relacionado ao bem-estar.

Além disso, o cuidado com plantas oferece um propósito, incentivando a paciência e a atenção plena, o que pode ser altamente benéfico para pessoas que enfrentam depressão ou esgotamento emocional.

Dra. Lis Leão, pesquisadora do Centro de Ensino e Pesquisa Albert Einstein. Foto: Divulgação Einstein

A pesquisadora do Centro de Ensino e Pesquisa Albert Einstein, que lidera o grupo de pesquisa e-Natureza: estudos interdisciplinares sobre conexão com a natureza, saúde e bem-estar, dra. Lis Leão, destaca os principais benefícios do contato com as plantas: “Os efeitos sobre a saúde mental estão relacionados tanto com a redução do cortisol (hormônio do estresse) quanto com a liberação de neurotransmissores que produzem a sensação de bem-estar. Estudos têm demonstrado também que cultivar hortas, promove uma alimentação mais saudável e aumenta a ingestão de fibras na alimentação”, afirma.

Corpo e mente

No aspecto físico a atividade de plantar, regar e colher exige movimentos que mantêm o corpo ativo, o que é especialmente benéfico para idosos, pois melhora a mobilidade, o equilíbrio e a força.

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Caminhar ao ar livre e receber a luz solar presente nos ambientes externos também é essencial para a produção de vitamina D, que desempenha papel crucial na saúde óssea e na regulação do sistema imunológico.

“Diversos estudos científicos demonstram que o aumento da frequência de atividades ao ar livre e o contato com a natureza proporcionam uma série de benefícios à saúde. Teorias buscam explicar porque a natureza traz esses privilégios que vão desde a reação estética à beleza, passando pela recuperação do estresse psicofisiológico, da restauração da atenção com redução da fadiga mental – por conta da atenção não dirigida (diferente daquela utilizada quando estamos em frente de telas digitais), ou ainda simplesmente porque somos natureza – somos animais, só nos esquecemos disso – e por isso temos uma atração inata pela natureza, como preconiza a hipótese da biofilia”, explica a dra. Lis.

Prescrição médica

A hortoterapia, um tratamento alternativo que envolve o cultivo de plantas, hortaliças e jardinagem em geral, é uma prática muito antiga, consolidada na psiquiatria entre os anos 50 e 60.

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Em países orientais já estabeleceram uma relação entre o contato com a natureza nas florestas japonesas com o sistema imunológico.

“Neste momento, estamos estudando a exposição de indivíduos 50+ à Mata Atlântica para verificar se também observamos resultados positivos. Em outro ensaio clínico já comprovamos que intervenções baseadas na natureza, como o banho de floresta (que também nasceu no Japão) e um modelo brasileiro que desenvolvemos e testamos, influenciam na vitalidade, felicidade, conexão com a natureza, sendo que o modelo brasileiro foi mais efetivo na produção de bem-estar sustentando os efeitos positivos por mais tempo”, destaca a pesquisadora.

Os ambientes naturais oferecem estímulos sensoriais relaxantes, como o som das folhas ao vento ou o canto dos pássaros, que reduzem a hiperatividade mental comum no dia a dia urbano.

Dedique mais tempo à natureza, inclua na sua rotina momentos para contemplar as plantas e colha muitos benefícios.

 

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