Catequese

Catequista, verdadeiro discípulo de Jesus

Conheça um pouco da realidade dos catequistas brasileiros, suas necessidades e desafios

Foto: Nayara Lopes

Segundo estimativa da Comissão para a Animação Bíblico-catequética, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), existem hoje no Brasil cerca de 800 mil catequistas: mulheres, homens, jovens, famílias que dedicam seu tempo e sua critividade à missão de comunicar a fé. 

Catequista em formação

O dia 11 de maio de 2021 é uma data emblemática para os catequistas de todo o mundo. Neste dia o Papa Francisco publicou a Carta Apostólica Antiquum Ministerium (Ministério Antigo), dando à catequese um status de ministério. No documento o papa enfatiza a importância de "um encontro autêntico com as gerações mais jovens", como também "a necessidade de metodologias e instrumentos criativos que tornem o anúncio do Evangelho coerente com a transformação missionária da Igreja".

Foto: Pexels

Mas, afinal, como ser um bom catequista? Dizer “sim” ao chamado de Deus não é o bastante. É necessário ter um espírito de doação, generosidade e alimentar sua vida na Palavra de Deus.

Para ser um educador da fé, o catequista precisa cultivar também uma formação integral, centrada nestas três dimensões: o ser (a pessoa do catequista), o saber (o conteúdo bíblico, doutrinal, litúrgico etc) e o saber fazer (a metodologia)

Desafios

A quinta edição do "Catequistas Brasil" reuniu centenas de pessoas entre os dias 02 e 04 de fevereiro de 2024, no Santuário Nacional de Aparecida (SP). Os catequistas presentes no evento compartilharam algo em comum: a busca por formação e a dificuldade em prender a atenção dos catequizandos durante os encontros.

“Nossa maior necessidade são subsídios. Precisamos de conteúdos, livros e elementos que nos ajudem a desenvolver momentos que mantenham atentos os catequizandos. Não posso dar aquilo que eu não tenho, por isso é essencial adquirir conhecimento e se preparar com informação e muita leitura”, afirma José Prado, catequista há 30 anos, na diocese de Taubaté (SP).

O mesmo pensamento tem a catequista de 18 anos, da diocese de Paracatu (MG), Analice Martins dos Santos: “Estou aprendendo algumas técnicas para me aperfeiçoar e conseguir prender a atenção dos catequizandos, além de fazê-los entender o real motivo dos encontros de catequese”, comenta.

Ponte entre Igreja e família 

Não é tarefa fácil comunicar a fé às novas gerações. Além de conhecer a Palavra, adquirir conhecimento e se manter atualizado, um bom catequista deve desenvolver sua espiritualidade, sendo um verdadeiro discípulo de Jesus.

Foto: Freepik

A psicóloga Adriana Potexki, autora do livro A cura dos sentimentos em mim e no mundo, da Paulinas Editora, chama a atenção para a saúde mental dos catequistas. “No contato com os catequistas percebi muitos fragilizados, e cansados, alguns com sintomas da Síndrome de Bournout, por isso a orientação é que cuidem primeiro de si para estar mais atento e aberto às dores e sofrimentos dos catequizandos”, alerta.

É o catequista que faz a ponte entre a Igreja e a família das crianças e tem como tarefa cultivar o amor de Deus nos lares. Como diz o Papa Francisco, desta forma o catequista coopera “de forma fecunda no cuidado e na proteção das ‘Igrejas Domésticas’ que irão construir as famílias do amanhã”. 

“Diante de alguma dificuldade, procuro logo o auxílio dos pais. A integração com a família é essencial para a formação das crianças”, destaca Joice Silva de Lima, 41 anos, catequista na Diocese de Mogi das Cruzes (SP).

Exercendo a missão com qualidade

Inspire-se na experiência dessas catequistas que atuam na diocese de Leopoldina (MG). Confira suas respostas à pergunta: Como o catequista deve se preparar para acolher e lidar com as crianças nos encontros?

“Ainda vejo catequistas que não se preparam para os encontros. O material dá um direcionamento, mas a catequista deve se preparar, dedicar um tempo para ler a Palavra, refletir e montar o encontro inserindo algo que está acontecendo no calendário litúrgico e na agenda da paróquia. É preciso amar essa missão, vestir a camisa da paróquia, aceitar as mudanças e renovações, estudar muito e não esquecer da sua intimidade com Deus. Conhecimento é fundamental, mas também devemos trabalhar nossa espiritualidade”.
Andrea, 58 anos

“Toda a comunidade deve ser envolvida para que o acolhimento aconteça. A partir do seu encontro pessoal com Jesus, você deve responder ao chamado nos encontros de catequese. Tudo nasce da vida interior, da vida de oração. O catequista primeiro deve vivenciar o encontro e depois levá-lo às crianças”.
Marília, 37 anos

 

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