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Cheiro de café no ar

Segunda bebida mais consumida no país, o café está presente em 98% dos lares brasileiros. O hábito de consumi-lo diariamente colabora com a manutenção da saúde

Foto: Pexels.com

Vamos tomar um cafezinho? Quem (como eu) só de falar em café já sente o aroma no ar? A história do café é amplamente difundida. Sabemos que ele veio da África, mais especificamente da Etiópia, mas foi a Europa que difundiu o consumo da bebida pelo mundo.

De acordo com a Lenda de Kaldi, no ano de 575 d.C., um pastor notou que suas cabras ficavam alegres e cheias de energia depois que mastigavam os frutos avermelhados dos arbustos nos campos. Registros históricos indicam que foi nessa época que diferentes possibilidades de consumo do café começaram a se difundir.

Os árabes dominaram rapidamente a técnica de plantio e preparação do café, enquanto os monges começaram a utilizá-lo como bebida excitante para ajudá-los em rezas e vigílias noturnas.

A tradição de “tomar um cafezinho” como bebida prazerosa em caráter doméstico se popularizou a partir de 1450, e a Turquia foi responsável por difundir o hábito do café, transformando-o em ritual de sociabilidade.

Atualmente a bebida possui duas datas que celebram sua importância: o Dia Internacional do Café, comemorado em 14 de abril, e o Dia Nacional do Café, em 24 de maio.

Paixão nacional

Segundo estimativas da Organização Internacional do Café (OIC), o consumo mundial de café é de 166,62 milhões de sacas de 60 kg. O Brasil é o segundo maior consumidor mundial, com 21 milhões de sacas de 60 kg, o que faz do café uma paixão nacional, já que é a segunda bebida mais consumida no país, perdendo apenas para a água.

“O café está presente em 98% dos lares e cada brasileiro consome, em média, 81 litros da bebida por ano”, explica a nutricionista e coordenadora de Projetos da Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC), Mônica Pinto.

Foto: Pexels.com

“O café contém também ácidos clorogênicos, que potencializam a atividade antibacteriana, antiviral e anti-hipertensiva, além da niacina, que é uma vitamina do complexo B”, acrescenta a nutricionista.

Todo dia é dia

O consumo de até quatro xícaras diárias está associado a uma menor probabilidade de desenvolver problemas cardiovasculares, como derrames cerebrais. “Tomá-lo constantemente, em especial o do tipo filtrado, reduz as chances de infarto do coração e previne contra a diabetes. Isso acontece por causa dos antioxidantes presentes no alimento, que aceleram o metabolismo auxiliando na perda de peso”, acrescenta a nutricionista da ABIC.

Estudos demonstram que doses de 200 a 250 miligramas de cafeína elevam o humor e que esses efeitos podem durar por até 3 horas.

Entre os principais efeitos do café no organismo, estão: a melhora no estado de alerta, na memória, na atividade intelectual e na clareza do raciocínio; diminuição da fadiga e do risco de desenvolver doenças degenerativas, além de auxílio na queima de gordura.

Expresso ou coado?

Forte, fraco, expresso ou coado? O melhor café é aquele que atende ao seu paladar. Uma boa forma de descobrir é degustando. E já que o Brasil é o maior produtor e exportador de café do mundo, a variedade de tipos e sabores oferecidos é grande.

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Os selos de certificação concedidos pela ABIC atestam a qualidade, a pureza, a origem e as práticas sustentáveis presentes em toda a cadeia produtiva do café. 

Reitero o convite que deu início a esta matéria: vamos tomar um cafezinho? Sozinho ou acompanhado, o tempo para tomar um café pode significar uma pausa, um momento de criatividade, uma reunião de negócios, uma troca de confidências ou apenas mais um momento para desfrutar dos prazeres da vida.

 

Juliana Borga é jornalista, três vezes vencedora do Prêmio Dom Hélder Câmara de Imprensa. É mãe coruja da Helena e adora escrever sobre temas que colaboram para um mundo mais humano e solidário. Instagram: @juborgajornalista

 

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