Comunicação

Com Jesus, festejamos um querido aniversariante do mês 

Para celebrar o Jubileu da Esperança, em 2025, o Papa Francisco sugere: oração durante 2024 e a reflexão sobre os documentos do Concílio. Começamos com o decreto conciliar  Inter Mirifica, o menor deles

Parabéns, aniversariante do mês! Parabéns pelos 60 anos, no dia 4 de dezembro de 2023! 

Você fez uma bela caminhada, virando dois séculos e entrando no novo milênio com muito vigor. 

Profissionais do jornalismo, escritores, leitores, publicitários, webdesigners, fotógrafos, artistas, cinegrafistas, professores, atores e muitos comunicadores participam da sua festa. 

Até a Inteligência Artificial entra na Mensagem do Papa Francisco para suplicar a paz e pedir que haja ética e verdade na comunicação.

Como você não aceita fake news, só podem celebrar seu aniversário os que proclamam conteúdos verdadeiros.

Quem é este aniversariante? Nada mais que o decreto conciliar Inter Mirifica que veio ao mundo no dia 4 de dezembro de 1963. Nasceu pequenino, o menor dos 16 documentos do Concílio Ecumênico Vaticano II.  De 114 artigos apresentados, restaram 24, que foram aprovados por São Paulo VI, na segunda sessão do Concílio.

Foto: Cathopic

A Igreja reconheceu o dever e o direito de se utilizar os meios de comunicação social para evangelizar. 

O decreto refere-se às técnicas e à comunicação, ou seja, não apenas a instrumentos ou canais de transmissão, mas também, ao processo de relações entre as pessoas. Daí a expressão “comunicação social”.

Nele, a Igreja reconheceu o direito à informação (art. 5), indicou as boas produções, a liberdade de escolha, ao invés da censura (art. 9).

O decreto incentiva todos os católicos a promoverem (art. 14) e sustentarem (art. 17) a boa imprensa, que produzam e divulguem excelentes filmes; ajudem as boas transmissões. Lembra o dever da formação do interlocutor (art. 9), com a indicação de formas de promovê-la, inclusive na catequese (art. 16).

Recomenda ainda a formação dos autores, atores e críticos (art. 15), bem como os usuários (art. 16). 

Assume os meios, como indispensáveis no exercício do magistério, à serviço da evangelização (art. 13, 14 e 17). Pediu que se estabelecesse, anualmente, um Dia para estudo, reflexão, análise, ação e oração pela comunicação (artigo 18).

Foto: Freepik

O Papa São Paulo VI foi o primeiro a colocar em prática tal incentivo, iniciando com a Mensagem para o Dia Mundial das Comunicações Sociais. Esta iniciativa foi continuada por São João Paulo II, Bento XVI e, atualmente, por Francisco, demonstrando, através de seus conteúdos, uma grande atualização do Magistério, no mundo das comunicações.

O decreto Inter Mirifica pedia que se criasse um secretariado para a comunicação na Santa Sé. São Paulo VI criou, em 1964, uma Comissão, que, de Secretariado, passou a Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais.  Hoje, desde 2015, é o Dicastério para a Comunicação para atender as exigências do contexto comunicativo que está em constante mudança. O Dicastério é constituído por uma comissão que tem como  Prefeito, Paolo Ruffini, como Secretário, Mons. Lucio Adrian Ruiz, e o Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni.

Para concretizar os critérios apontados, o Inter Mirifica recomendou a criação de secretariados nacionais e de instituições internacionais de comunicação. Assim celebram seus 60 anos, as Comissões Nacionais e Diocesanas de Comunicação, as instituições como Signis, UCBC, UCLAP, UNDA, OCIC, todas documentadas nos Estudos da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), 72 sobre Comunicação e Igreja no Brasil.
Merece comemorar os 60 anos do Inter Mirifica!

O decreto foi e é uma forte semente que se ampliou em muitos outros documentos de comunicação na Igreja.

Celebremos relembrando palavras do Papa São Paulo VI. No dia 7 de maio de 1967, na 1ª Mensagem do Dia Mundial das Comunicações Sociais, afirmava: "Deve ser muito apreciada, no seu justo valor, a contribuição que a imprensa, o cinema, o rádio, a televisão e os outros meios de comunicação social oferecem ao incremento da cultura, à divulgação das obras de arte, à distensão dos ânimos, ao mútuo conhecimento e compreensão entre os povos, e também à difusão da mensagem evangélica".

Para ler o Inter Mirifica, clique aqui.

 

Para conhecer mais sobre o assunto, leia os artigos:

Inter Mirifica – A Comunicação pela primeira vez num Concílio (Parte 1)
Inter Mirifica – A Comunicação pela primeira vez num Concílio (Parte 2)

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