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Da película ao digital

A evolução tecnológica ajuda a contar a história do cinema que, atualmente, está perdendo audiência para os serviços de streaming

Foto: Pexels

A chamada sétima arte é um espelho da evolução das tecnologias: da pintura à fotografia, da fotografia ao movimento, até que a qualidade desse movimento evoluiu para se aproximar o máximo possível da realidade e mais tarde, se permitiu ir além e falar do fantástico, do irreal, daquilo que até então só existia no campo dos sonhos. O desenvolvimento tecnológico sempre proporcionou enormes contribuições à tela grande.

A criação do cinema é creditada aos irmãos Auguste e Louis Lumiére, que patentearam o cinematógrafo em 1895 e no mesmo ano fizeram a primeira exibição comercial de cinema, com um vídeo de dois trabalhadores saindo da fábrica Lumiére. Em 1927 chegou ao circuito comercial o primeiro filme falado intitulado The Jazz Singer (O Cantor de Jazz), que sincronizava voz e canto com a película.

Mais tarde, a evolução trouxe o primeiro filme em cores: Becky Sharp (Vaidade e Beleza), que foi um sucesso em 1935 pois fugia dos tons de cinza ao adotar a coloração por Technicolor com três cores. Dois anos mais tarde foi lançado o primeiro longa animado Branca de Neve e os Sete Anões, produzido pelos estúdios Walt Disney.

Efeitos especiais

Inicialmente os efeitos visuais proporcionados pelo desenvolvimento de novas tecnologias tinham o objetivo relacionado à criatividade e ao pioneirismo, não havia preocupação com grandes ganhos financeiros. E foi exatamente por isso que o estúdio de cinema 20th Century Fox, não creditou todo o potencial de Star Wars: Episódio IV, de 1977.

O diretor George Lucas usou pela primeira vez efeitos visuais de computadores para criar sequências e aumentar o realismo das cenas, mas a ideia foi classificada como absurda. Mais tarde, Steven Spielberg foi convencido de que os efeitos digitais já haviam evoluído o bastante para que os dinossauros de Jurassic Park fossem criados por computador. Filmes como Matrix (1999) e a trilogia O Senhor dos Anéis (2001-2003) trouxeram mais evoluções tecnológicas na maneira de fazer cinema.

A era digital

Para o diretor, roteirista e professor de cinema, Pedro Nicoll, a popularização das câmeras digitais oferece a possibilidade e a liberdade de filmar algo que não existe, já que o filme é rodado num fundo de tela verde e o trabalho é feito na pós-produção. "Isso democratiza a ideia de gerar a imagem pois qualquer pessoa pode filmar a todo momento. Mas é preciso ter cuidado para não fazer o chamado cinema narrativo, ideia que foi bastante combatida na Semana de Arte Moderna de 1922 quando os modernistas defendiam a ideia de que a imagem se sustenta sozinha, não depende de uma história. É daí que vem o conhecido jargão 'uma imagem vale mais do que mil palavras'", explica.

Diretor, roteirista e professor de cinema, Pedro Nicoll. Foto: Arquivo Pessoal

A próxima revolução cinematográfica viria em 2009 com o filme Avatar, de James Cameron. O diretor aperfeiçoou várias tecnologias existentes, desenvolveu novos tipos de câmeras e produziu o longa 3D que atingiu bons índices de bilheteria e deu um novo fôlego para a indústria. Porém a popularização das câmeras digitais, o avanço da Internet e da tecnologia mobile contribuíram para o esvaziamento das salas de cinema, agora já era possível baixar filmes na rede e assisti-los no sofá de casa.

 

Saiba mais sobre o avanço dos serviços de streaming na matéria Cinema em casa.


 

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