Foto: Pexels.com
Na sociedade atual, educação e comunicação já não podem trilhar seus caminhos de forma paralela, sem realizar uma estreita e efetiva colaboração entre as duas disciplinas.
O desenvolvimento de uma cultura midiática traz consigo o imperativo da integração. Razões muito fortes sustentam a necessidade da convergência entre os campos do conhecimento e a busca de novos procedimentos e modelos para explicar a realidade.
Com o desenvolvimento e a expansão da mídia, é fácil constatar que esta transforma o mundo. Difícil é tomar consciência.
Corre-se o risco de “viver na pós-modernidade, sem termos consciência que vivemos nela”, dizia um autor que costuma refletir sobre o momento presente. As relações interpessoais são, de fato, cada vez mais resultado de relações simbólicas midiáticas.
Assim, já um novo vocabulário figura no linguajar cotidiano: sociedade midiatizada, idade mídia, sociedade tecnocultural. Enfim, é realmente preciso concordar que “um novo sujeito” está “nascendo”, com suas exigências próprias, atuais, solicitando novos paradigmas para ler, analisar e, por fim, compreender o mundo de hoje.
Foto: Pexels.com
A preponderância da mídia com respeito às formas de nos relacionarmos com o mundo constitui, hoje, um objeto de crescente interesse por parte de estudiosos que se preocupam com as consequências da “massiva presença midiática na cultura humana”.
Busca-se, assim, na educação, o suporte teórico necessário para educar o público. Torná-lo consciente do poder e do efeito das informações. É preciso educar as pessoas para criar e manter uma postura crítica na tão complexa “idade mídia”, em que vivemos.
Por outro lado, a educação, sofre grandes investidas por parte da sociedade tecnológica: o mercado de trabalho passa por modificações inusitadas. Apresenta-se a exigência de novas habilidades e conhecimentos, que, por sua vez, requerem uma revisão de objetivos, metas e metodologias, na aquisição do conhecimento.
Foto: Pexels.com
Faz-se necessário uma integração entre comunicação e educação, pois, hoje, como afirma Jesús Martín-Barbero, o aprendizado se dá a partir do referencial cognitivo do aprendiz.
Releva-se, assim, a importância de uma educação voltada para o ambiente sociocultural do aluno com conteúdos que se relacionem com as necessidades e o cotidiano dos mesmos. Estamos falando, precisamente, da necessidade de promover a convergência entre a comunicação e a educação como áreas do conhecimento. Surge, assim, o que já se convencionou chamar de educomunicação.