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A educação intergeracional baseada no Pacto Educativo Global apresenta elementos chaves de como trabalhar conceitos pertinentes no que se refere à relação através de um caminho de relação humanizadora.
No Instrumentum Laboris do Pacto Educativo Global, o Papa Francisco expressa um compromisso educativo no contexto educacional que precisa ser considerado: “Educar exige entrar num diálogo leal com os jovens” (Instrumentum laboris, 2019, p. 6).
Uma primeira contribuição é a reconstrução do diálogo intergeracional, pois, a partilha e troca de experiências é de fundamental importância para a construção de laços cada vez mais fraternos e humanos, “é preciso, portanto, formar pessoas capazes de reconstruir os laços quebrados com a memória e com a esperança no futuro, jovens que, conhecendo próprias raízes e estando abertos ao novo que está por vir, saibam reconstruir uma identidade presente mais serena” (Instrumentum laboris, 2019, p. 9).
A segunda contribuição é a unidade na diferença, através da reconstrução da unidade, do diálogo e do encontro em meio às diversidades e diferenças, ou seja, a “educação para um novo pensamento, capaz de unir diversidade e unidade, igualdade e liberdade, identidade e alteridade” (Instrumentum laboris, 2019, p. 11), ou, como afirma o Papa Francisco, “o coração está verdadeiramente aberto a uma comunhão universal, nada e ninguém fica excluído desta fraternidade” (Francisco, 2015, p. 75), todas as pessoas e de todas as idades são convidadas a viver e conviver a unidade na diferença de pensamentos, credos, posições políticas, mas, sempre em vista do bem comum.
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A terceira contribuição é a relação educacional. O Papa Francisco motiva “se, por um lado, não devemos esquecer que os jovens esperam a palavra e o exemplo dos adultos, por outro, é preciso ter em mente que aqueles têm muito para oferecer com o seu entusiasmo, o seu empenhamento e sede de verdade, pela qual nos recordam constantemente o fato de que a esperança não é uma utopia, e a paz é um bem sempre possível” (Discurso aos membros do corpo diplomático acreditado junto da Santa Sé para as felicitações de Ano Novo, 9 de janeiro de 2020).
Dessa forma, percebe-se que a troca de experiências intergeracionais ainda precisa caminhar significativamente rumo a um verdadeiro diálogo.
É preciso quebrar as utopias e ideias sem concretude e, partir para a realização concreta, através de um diálogo sincero para que se veja o crescimento frutuoso das várias gerações em união, partilha e fraternidade.
Irmã Alexsandra Araujo, é bacharela em Teologia e graduanda em Sistemas para Internet. No momento, é responsável pelo Departamento de Internet – Paulinas Brasil.
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