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Comunicações – a origem do Dia Mundial

 

Foto: Pexels

Há cinquenta e oito anos, o Magistério da Igreja, por meio das mensagens dos Papas Paulo VI, João Paulo II, Bento XVI e, atualmente, Francisco, acompanham o desenvolvimento e as contínuas mudanças que ocorrem no âmbito da comunicação, um fenômeno em contínua transformação, na explosão de sua criatividade, de suas articulações e de suas consequências na sociedade contemporânea.

O primado de tais mensagens, segundo a missão fundamental da Igreja, tem sido sempre a de colocar a pessoa humana como centro do papel histórico e da função que os meios de comunicação têm na construção do viver humano, segundo a sua vocação basilar de ser humano e filho de Deus.

A origem

É sempre importante mencionar a origem e trajetória do Dia Mundial das Comunicações a fim de que se crie uma cultura sobre a profundidade de um “mandato” da Igreja, que passa despercebido, inclusive, por vários setores da Instituição. Trata-se de algo solicitado pelo Concílio Vaticano II, quando a Igreja, levando em consideração as profundas transformações da sociedade e avanços na área tecnológica em todos os setores, percebeu, também, o seu “despreparo” neste campo. Assim,  ela entendeu que, a respeito da comunicação, não bastava apenas a profissionalização e competência técnica no uso dos meios, mas o compreender a evolução da comunicação, nas suas mais diferentes expressões, como linguagem, cultura e, sobretudo, como elemento articulador da sociedade.

Encontramos a afirmação, então, no decreto Inter Mirifica (n.18): “Para reforçar o variado apostolado da Igreja por intermédio dos meios de comunicação social celebre-se anualmente, nas dioceses do mundo inteiro, um dia dedicado a ensinar aos fiéis seus deveres no que diz respeito aos meios de comunicação, a se orar pela causa e a recolher fundos para as iniciativas da Igreja nesse setor, segundo as necessidades do mundo católico”.

Com a finalidade de levar adiante a atenção-ação nesse importante setor da comunicação, e lembrando o reconhecimento que o decreto Inter Mirifica  (Concílio Vaticano II) externará sobre a importância da comunicação, o Papa Paulo VI, cria, em 1964, através do documento In fructibus multis, a Pontifícia Comissão para as Comunicações Sociais, com a finalidade de coordenar e estimular a realização das propostas dos Padres Conciliares.

A fim de colocar em prática as recomendações já mencionadas, a Pontifícia Comissão, após receber o parecer de presidentes de Comissões Episcopais em 1964 e 1965, sobre como aplicar o que foi estabelecido no n.18 do Inter Mirifica, criou o Dia Mundial das Comunicações Sociais, em 1966, com a aprovação do Sumo Pontífice.

E no dia 7 de maio de 1967 celebrou-se pela primeira vez, no mundo inteiro, o dia Mundial das Comunicações Sociais (celebrado sempre no domingo da Ascensão).

Se quiséssemos, então, sintetizar, três foram os objetivos fixados pelo Concílio Vaticano II e, um quarto, pela Instrução Pastoral Communio et Progressio:

1- A formação de consciências frente às responsabilidades que tocam a cada indivíduo, grupo ou sociedade, como usuários desses meios.
2 - O convite dirigido a todos os que creem para rezar a fim de que tais meios sejam empregados conforme o desígnio de Deus sobre a humanidade (ou seja, para o bem comum).
3 - O estímulo oferecido aos católicos para sustentar com generosidade, num gesto de solidariedade, as iniciativas de evangelização no campo da comunicação social.
4 - Realçar o papel de todos os que trabalham na área da comunicação (Communio et Progressio n.° 167).
Portanto, com o intuito de “suscitar na Igreja e no mundo uma atitude social nova e salutar com relação ao uso desses instrumentos”, desde 1967, os Papas escrevem anualmente uma mensagem, discorrendo sobre o tema escolhido para a reflexão de cada ano.

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