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Chegou junho. Por todo o Brasil, o clima é de festa. Para muitos, a festa tem o nome de Santo: "O melhor São João que já vivi", "O São João vai animar toda a população", "Preparamos o São João desde o início do ano" ...
Mas o Santo não é apenas um! Celebramos grandes santos em junho: Santo Antônio, dia 13; São João, dia 24; São Pedro, dia 29; e, também São Paulo, dia 30.
Santos de grande reconhecimento na Igreja e também na piedade popular.
Santo Antônio (Pádua, Itália, 1195 - 13/06/1231)
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Foi teólogo, místico, asceta e, sobretudo, notável orador. Sua grande fama de santidade levou-o a ser canonizado pela Igreja Católica apenas 11 meses após sua morte. Caracterizou-se pelo seu grande amor aos pobres. Tão grande que, até hoje, em muitos lugares, é distribuído o pão de Santo Antônio dos pobres.
São João Batista (Judeia, século I)
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Pregador e profeta itinerante cuja mensagem era baseada na conversão, pregava o batismo para a remissão dos pecados, e como Precursor, anunciava o Cordeiro de Deus, Jesus Cristo.
São Pedro Apóstolo (Betsaida, século I)
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Foi um dos 12 apóstolos de Jesus Cristo. Irmão de André, também apóstolo. Pedro foi “o líder dos apóstolos”. Recebeu esta liderança do Senhor e presidiu a Igreja Cristã primitiva, tanto por sua fé e pregação, como pelo grande amor a Jesus. Pedro foi o primeiro Papa da Igreja.
São Paulo Apóstolo (Tarso, Cilícia, século I)
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Conhecido como Paulo de Tarso, foi um perseguidor cruel dos cristãos. Numa de suas perseguições, foi tocado pelo Senhor e converteu-se. Tornou-se um grande apóstolo, um dos mais influentes escritores, teólogos e pregadores do cristianismo, cujas obras compõem parte significativa do Novo Testamento: treze livros ou cartas. Grande parte de sua vida está narrada nos Atos dos Apóstolos. Ele chega a dizer: "Entre vocês, eu não quis saber outra coisa a não ser Jesus Cristo e Jesus Cristo crucificado" (1Cor 2,2).
Como vemos, temos muita santidade para contemplar e celebrar.
Folclore e cultura popular e massificação?
Junho é ocasião para uma roupa nova, uma comida típica à base de milho, cuja colheita foi muito boa. É a canjica, a pipoca, o curau, o mungunzá, a pamonha, o milho cozido ou assado nas brasas da fogueira. Muita fartura e por isso também muita alegria para todos, com a noite iluminada por fogos e, em especial, pela fogueira. A música junina e as danças típicas aumentam a alegria das pessoas.
O comércio nos grandes centros se intensifica. Os investimentos aumentam. É ocasião de promoções, ofertas e incentivo ao turismo. Vê-se, então, uma festa tão popular e familiar se transformando numa sofisticada exploração de empresas em várias áreas e diversos setores, desde alimentos e bebidas típicas até moda e acessórios temáticos, como vestidos, chapéus de palha e camisas xadrez. Incluem-se ainda artigos de decoração, serviços como: organização de festas, aluguel de equipamentos e hospedagens.
Na periferia de São Paulo, por exemplo, tem agência que apresenta lista com 25 arraiás imperdíveis... Tem festa junina com shows, quermesse com barracas de comida típica, quadrilha e muita tradição.
A piedade no mês de junho
Diante dos santos do mês de junho e, a partir deles, há os que se encontram para celebrar. São as novenas, muitos terços, ladainhas, hasteamento das bandeiras com os santos, gratidão a Deus pelos bens recebidos, como saúde, paz, amor em família, emprego, estudos.
Ainda hoje, é muito comum encontrar, no Nordeste e até em regiões do interior e na periferia de São Paulo, noites de São João que reúnem pessoas de várias cidades próximas, antes de tudo, para rezar, meditar a Palavra e agradecer as graças recebidas de Deus. Nestes momentos também há muita alegria, música boa, brincadeiras, quermesses que unem e animam as pessoas para pedir paz e melhores dias abençoados por Deus.