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Hepatites virais, inimigas do fígado

Geralmente silenciosas, são causadas por diferentes tipos de vírus. Veja como prevenir

Foto: Pexels

O Dia Mundial de Luta contra as Hepatites ocorre anualmente em 28 de julho. Trata-se de uma doença que causa uma inflamação no fígado, um importante órgão do sistema digestório, responsável pela desintoxicação do organismo.

A doença é causada por diferentes vírus e por isso recebe o nome de A, B, C, D e E. 

O problema das hepatites virais é que seus sintomas costumam ser silenciosos. “Na maioria dos casos são inexistentes. Quando presentes, assemelham-se a sinais relacionados a outras doenças que acometem o fígado, como fadiga, tontura, enjoo, febre, dores musculares, pele e olhos amarelados”, explica o coordenador do Núcleo de Vigilância Epidemiológica Hospitalar do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP), professor Afonso Dinis Costa Passos. 

Características de A a E

A seguir, destacamos algumas características da doença de acordo com informações do professor Afonso Dinis Costa Passos:

Hepatite A: transmissão se faz pelas vias fecal e oral. Tem alta prevalência em regiões onde é precário o saneamento ambiental, o que cria condições propícias para sua disseminação. Essa característica faz com que a hepatite A seja amplamente encontrada no Brasil, apesar de evidências de que a sua transmissão já não acontece tão precocemente quanto em décadas passadas.

Hepatites B e C: são as mais importantes para a saúde pública por conta da larga distribuição geográfica e o grande número de indivíduos infectados, em praticamente todos os países do mundo. Ambas apresentam elevado potencial de cronificação e estão intimamente associadas ao aparecimento de graves afecções hepáticas – destaque para a cirrose e o carcinoma. 

Hepatite D: pela sua associação obrigatória com a hepatite B, largamente disseminada em extensas regiões do território brasileiro – particularmente na Região Amazônica – e pelo grande potencial de gravidade clínica, esse novo tipo de hepatite reveste-se de grande importância no quadro sanitário nacional. 

Hepatite E: ocorre em países em desenvolvimento, onde tem sido associado às epidemias transmitidas por água contaminada com resíduos de esgoto. Apresenta elevada letalidade em mulheres grávidas, atingindo valores próximos de 20% nas epidemias. Excluída essa situação, não costuma associar-se a casos graves. 

Tratamento e prevenção

Não há tratamento específico no caso das hepatites A e E. Já as hepatites B, C e D, possuem tratamento, mas apenas o da hepatite C é responsável por garantir a cura da doença. O tratamento das hepatites B e D, apenas controla o dano no fígado. 

Segundo o professor da FMRP-USP, muitas vezes, as hepatites são agrupadas como doença única, em razão da similaridade de suas manifestações clínicas. “Mas elas compreendem entidades mórbidas bem distintas, quanto à etiologia, epidemiologia, evolução, prognóstico e profilaxia”, destaca.

Confira as orientações sobre prevenção:

Hepatite A: a vacina é a melhor forma de prevenção da doença. Algumas dicas são: manter uma boa higiene pessoal, lavar as mãos de maneira correta, fazer a higiene pessoal adequada antes e após as relações sexuais; lavar adequadamente alimentos consumidos crus; evitar a exposição a ambientes onde haja esgoto. 

Foto: Pexels

Hepatite B: a principal forma de prevenção é a vacina, disponível no SUS para todas as pessoas. Além disso, não compartilhar objetos de uso pessoal, como lâminas de barbear e depilar, escovas de dente, material de manicure e pedicure, equipamentos de tatuagem e piercings. 

Hepatite C: não compartilhar objetos que possam ter entrado em contato com sangue, como seringas, agulhas, alicates, escova de dente, etc;

Hepatite D: por ser uma doença originária da hepatite B, a imunização para hepatite B é a principal forma de prevenção, assim como as medidas de prevenção são as mesmas da hepatite B.

Hepatite E: se assemelha à hepatite A, mas sem vacina disponível ainda. Assim, as formas de prevenção são semelhantes à hepatite A.

Mais informações no site do Ministério da Saúde

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