Foto: Cottonbro Studio (Pexels)
“Vi uma multidão imensa,
que ninguém podia contar,
de todas as nações, tribos, povos e línguas.
Estavam de pé, diante do trono e na presença do Cordeiro,
vestidos com túnicas brancas e de palmas na mão.
E clamavam em alta voz:
‘A salvação ao nosso Deus, que está sentado no trono,
e ao Cordeiro’” (Ap 7,9-10)
Esse trecho da primeira leitura da Solenidade de Todos os Santos, com imagens fortes e marcantes, destaca o “Holywins”, ou seja, que a santidade vence, sobretudo a salvação trazida por Cristo. Nesta data litúrgica, a Igreja peregrina venera a memória daqueles que levaram uma vida de santidade e já contemplam Deus face a face. Uma festa para que os santos nos estimulem com seu testemunho e intercessão junto a Jesus.
Uma celebração interligada à Comemoração dos Fiéis Defuntos - mais popularmente conhecida como Dia de Finados - já que, em 1º novembro, olhamos para aqueles que já vivem as alegrias eternas e, no dia 2 de novembro, voltamos nossas orações pelas almas do purgatório e todos os entes queridos. Dia de lembranças com saudade, mas não com tristeza, pois temos uma certeza: Deus nos abraça eternamente.
A seguir, dicas simples e práticas de como bem vivenciar essas celebrações junto à comunidade cristã e também receber indulgências. Ao final, sugestões de playlists para as meditações e liturgias dessas datas:
The Holy Trinity and Saints in Glory (Sebastiano Conca | 1680–1764)
1. Todos os Santos: compreender que a santidade não exclui ninguém
Como apontou o Papa Francisco na Exortação Apostólica, Gaudete et Exsultate, homens e mulheres; crianças, jovens e idosos: todos são chamados a uma vida santa, em meio ao seu cotidiano.
O que não significa não ter pecados, mas sim a disposição de superá-los. “Para ser santo, não é necessário ser bispo, sacerdote, religiosa ou religioso. Muitas vezes somos tentados a pensar que a santidade esteja reservada apenas àqueles que têm possibilidade de se afastar das ocupações comuns, para dedicar muito tempo à oração. Não é assim. Todos somos chamados a ser santos, vivendo com amor e oferecendo o próprio testemunho nas ocupações de cada dia, onde cada um se encontra” (nº14).
2. Entender a continuação lógica entre as duas celebrações
A Igreja peregrina sobre a terra não poderia, ao celebrar a Igreja triunfante, esquecer a Igreja que se purifica no purgatório.
Sendo assim, o dia dos Fiéis Defuntos não é dia de luto e tristeza, mas dia de esperança e de alegre expectativa de quando todos ressurgirão em Cristo para uma vida nova.
É, sobretudo, dia de oração, que se revestirá da maior eficácia quando a relacionamos ao sacrifício redentor de Cristo e à comunhão do banquete eucarístico. No Brasil, a Solenidade de Todos os Santos é transferida para o domingo seguinte ao dia 1º de novembro.
3. Como receber indulgências
De acordo com a Indulgentiarum Doctrina, “pode-se ganhar a indulgência de 2 de novembro, que só pode ser aplicada aos defuntos, em todas as igrejas, oratórios públicos ou semipúblicos ― para os que legitimamente usam desses últimos”. E ainda ao visitar o cemitério e rezar pelos falecidos.
4. Condições para se receber uma indulgência plenária
São necessários seguir três passos: confissão sacramental, comunhão eucarística e oração nas intenções do papa. Atitudes sempre no espírito de rejeição ao pecado, mesmo o venial, e com o coração aberto à caridade.
5. Celebrar a santidade como dom de Deus e recordações do que se foram com músicas de esperança
Nas playlists Santos e Santas de Deus e Vida Agora e Sempre, você pode encontrar canções que alimentam a esperança na vida eterna e ajudam a perceber que os bens terrenos são passageiros. Foi o que compreenderam todos os que já estão na glória dos céus.