Eloá dos Santos no dia da Primeira Eucaristia. Foto: Arquivo Pessoal

“Sou de uma família de dois filhos: eu e meu irmão. Meus pais são protestantes. Fui inserida na Igreja Católica por meio da minha avó. Foi ela que me ensinou os primeiros passos da vida cristã e me incentivou na caminhada. 

A partir dessa experiência com minha avó na comunidade, a minha fé foi aumentando. Assim, iniciei o meu caminho de discernimento vocacional, que me trouxe uma experiência muito forte de Deus. 

Sinto que Deus me fez para algo especial, para algo novo, e que Deus quer de mim uma resposta que ainda estou em busca, em discernimento. 

A partir desse meu desejo, fui inserida na comunidade. Uma vez, participei de um encontro da quaresma e ali conheci a primeira Irmã Paulina, que foi a irmã Vanderlane de Araújo. 

No término desse encontro, fui ao encontro da irmã e, naquele momento, pedi para ela tirar uma foto comigo. Nós conversamos um pouco e ela me convidou para uma convivência vocacional. Depois, ela pegou meu telefone e, logo depois, a Irmã Ana Gleicy Tavares entrou em contato comigo. 

No meu caminho vocacional tive muitos desafios, sobretudo, porque meus pais são protestantes. Para eles entenderem esse chamado que estava dentro de mim foi um pouco difícil. Essa compreensão do meu chamado da parte deles, foi fruto de muita oração.

Logo depois disso, eles permitiram que eu fosse à convivência vocacional. Meus pais estiveram no convento, conheceram as irmãs e tiveram o primeiro momento de acolhida da minha história vocacional, o caminho vocacional com as irmãs.

Percebo que Deus me pede algo diferente, e eu tento me colocar nesse caminho. Sinto que os valores que busco são diferentes dos valores que os jovens de hoje buscam. Eu quero estar perto de Deus, viver em comunidade, colocar minha vida a serviço de Deus e das pessoas. 

Eu ainda não tenho resposta para aquilo que Deus me pede, mas sei que Ele me pede algo. No entanto, eu ainda não tenho resposta. 

Quero deixar uma mensagem para as jovens: que possamos caminhar mesmo sem termos respostas certas, mas que possamos nos colocar a caminho, assim como Maria fez. 

Maria, quando ouviu o chamado de Deus não sabia como seria; ela não sabia como teria Jesus, mas o anjo Gabriel disse que o Espírito seria dado a ela. Então, eu também me coloco nesse caminho, de que o Espírito vai me iluminando à medida que eu caminho.

Quero dizer a você, jovem, que tem medo, que tem dúvidas e indecisões, assim como eu, que nós duas possamos caminhar, assim como Maria, na certeza de que o Espírito de Deus caminha conosco. 

Aqui no meu estado, no Pará, é muito forte a devoção a Nossa Senhora de Nazaré. Porém, a minha devoção é a Nossa Senhora de Guadalupe. Eu tenho uma experiência muito forte com ela, mas agora estou conhecendo esse novo título de Maria, Rainha dos Apóstolos, que faz parte da espiritualidade Paulina, e que todos os títulos marianos nos ajudem a responder ao chamado de Deus”.

Na live abaixo, a vocacionada Eloá participa de um momento orante com as Irmãs Paulinas.

Eloá dos Santos tem 12 anos, é vocacionada das Irmãs Paulinas, e se encontra em um processo de discernimento vocacional para a vida religiosa. Reside em Belém do Pará.