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O descarte inadequado dos resíduos sólidos urbanos causa danos ao meio ambiente e à saúde humana. Falamos, especificamente, sobre o descarte de medicamentos na matéria “Qual é o jeito certo de jogar remédio fora?”.
Mas existem outros resíduos tão ou mais nocivos. São os resíduos perigosos, definidos pela lei brasileira como todos aqueles inflamáveis, corrosivos, reativos, tóxicos ou capazes de provocar doenças e malformações.
Resíduos perigosos englobam medicamentos, pilhas, baterias, pneus, óleos lubrificantes e seus recipientes, agrotóxicos e suas embalagens, lâmpadas fluorescentes, lâmpadas de vapor de sódio e mercúrio e lâmpadas de luz mista, além de produtos eletroeletrônicos, assim como suas partes e componentes.
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Eles precisam de descarte e tratamento específicos, como determina a PNRS (Política Nacional de Resíduos Sólidos), de 2010. Os sistemas de coleta desses materiais têm de ser estruturados pelas empresas que comercializam os produtos. É a chamada logística reversa. Esses resíduos devem ser levados até os ecopontos públicos ou PEVS (pontos de entrega voluntária) específicos para cada tipo.
Crise global
Segundo a ONU, a produção de lixo eletrônico global está aumentando cinco vezes mais rápido do que o previsto e bateu, em 2022, 62 milhões de toneladas – o equivalente a 1,5 bilhão de caminhões de 40 toneladas de lixo. No mesmo ano, foram reciclados cerca de 22% desses resíduos.
A crise global do lixo é mais grave nos países em desenvolvimento. Entre os desafios estão: a falta de cultura de descarte correto pelo consumidor, a falta de engajamento dos varejistas e a falta de adesão de empresas e importadores em relação às entidades gestoras, sem contar que a implementação da logística reversa é um processo caro.
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Lixo eletrônico
Lançado em 2021, o programa Lixão Zero do Ministério do Meio Ambiente tem como meta que 400 cidades brasileiras tenham centrais de destinação de eletroeletrônicos domésticos até 2025. A proposta quer acabar com o descarte de aparelhos como fogão, TV, celular e ventilador em rios e lixões de grandes centros urbanos, oferecendo espaços específicos para recebimento e destinação correta do lixo eletrônico.
Para isso, fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes devem manter toda a logística do sistema de coleta dos produtos inutilizáveis em parceria com estados, municípios e associações de recicláveis – assim como prevê o Decreto n.º 10.240/2020 pelo Governo Federal.
Onde descartar esses materiais?
Para saber qual é o ecoponto mais perto da sua casa, pesquise na internet sobre o mapa dos ecopontos da sua cidade. Já para descartar seu lixo eletrônico, acesse o site da Abree (Associação Brasileira de Reciclagem de Eletroeletrônicos e Eletrodomésticos).