Grupo Mães que oram pelos filhos da Paróquia Nossa Senhora das Grotas, Bahia. Foto: Arquivo Pessoal
Movidas pela fé e pelo amor aos filhos, milhares de mulheres integram o Movimento Mães que Oram pelos Filhos, reconhecido oficialmente desde 2014 pela Arquidiocese de Vitória (ES). Com manual, regimento interno e espiritualidade própria, o movimento tem como padroeira Nossa Senhora de La Salette, escolhida não por acaso, mas por uma inspiração atribuída ao Espírito Santo.
Ângela Abdo, fundadora do Movimento Mães que oram pelos filhos. Foto: Divulgação
Um encontro com La Salette
A escolha da padroeira remonta a uma viagem da fundadora do movimento, Ângela Abdo, ao Rio Grande do Sul. Ao visitar o santuário dedicado à Nossa Senhora de La Salette, ela foi tomada por uma emoção profunda e começou a chorar intensamente. Sem saber de quem se tratava, perguntou ao sacerdote local. A resposta foi marcante: “Ela é mais do que uma santa. É Nossa Senhora de La Salette, que apareceu para chorar pelos pecados dos filhos.”
Nossa Senhora de La Salette. Foto: Divulgação
O gesto da mãe que chora pelos filhos ecoou no coração da fundadora e se tornou símbolo do movimento, que tem como missão a intercessão, a evangelização e a restauração das famílias.
Evangelizar a partir do coração da mãe
Mais do que orar pelos filhos, o movimento capacita mães para o combate espiritual e a missão apostólica. A experiência começa com a transformação da própria mulher, que, ao rezar, passa a ser a primeira a ser evangelizada. Restaurada pela fé, ela se torna um canal de graça dentro do próprio lar.
Mães que oram pelos filhos da Paróquia São Judas Tadeu, Tupã (SP). Foto: Arquivo Pessoal
Essa vivência tem levado muitas famílias de volta à Igreja. Filhos são inseridos na Catequese e os pais passam a buscar os sacramentos: Batismo, Eucaristia, Crisma e Matrimônio. Com o tempo, todos descobrem as alegrias de uma vida de fé, engajam-se em ações pastorais e tornam-se testemunhas para outros.
Na ExpoCatólica 2025: oração e formação
Com presença marcante em diversas regiões do Brasil, o movimento participa da ExpoCatólica 2025, onde promove a 8ª edição do Encontro Estadual de São Paulo. O evento reúne centenas de mães em momentos de oração, partilha e formação espiritual.
Palestras, testemunhos e reflexões abordam temas como o papel da mãe na educação da fé, a oração como força de transformação e a maternidade como missão. Uma das falas mais aguardadas é a da própria fundadora: “Minha palestra é sobre o combate espiritual. É um grito para que as mães entendam que não estamos em um parque de diversões. Existe uma batalha sendo travada e nossas famílias estão no centro dela. Como mãe que ora, preciso entender essa guerra, me preparar e ter coragem para enfrentá-la. Como dizia Santa Teresa: ter uma determinada determinação para buscar minha santidade e santificar minha família”, afirma Ângela Abdo.
AMO: apoio concreto às mães e aos filhos
Com o crescimento do movimento e o alcance de tantas realidades, nasceu também a AMO (Associação de Mães que Oram pelos Filhos). A organização sem fins lucrativos oferece apoio a mães cujos filhos enfrentam situações específicas: dependência química, problemas de saúde, luto, encarceramento, dificuldades emocionais, afetivas ou outras necessidades especiais.
Por meio da AMO, o movimento amplia sua ação caritativa, prestando serviços e assistência a quem mais precisa, sempre com o olhar de uma mãe que intercede, ama e cuida.
Como participar
Mulheres que se identificam com a missão do movimento podem buscar um grupo ativo em sua cidade acessando o site: maesqueoramplelosfilhosoficial
Se ainda não há um grupo em sua paróquia, é possível entrar em contato com a coordenação e obter orientações para formar um novo núcleo.
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