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Menina de 7 anos vence concurso sobre saúde ocular

Além de prejudicar o aprendizado de crianças com problemas de visão, a ausência dos óculos adequados também tem impacto na economia brasileira

Foto: Divulgação

A cada dia letivo, 800 mil crianças brasileiras vão para a escola com problemas de visão não corrigidos. Crianças com erros de refração – como miopia ou hipermetropia, ou astigmatismo – não conseguem enxergar lousas e livros. 

Segundo pesquisa da Agência Internacional para a Prevenção da Cegueira (IAPB) e da Fundação Seva, elas aprendem aproximadamente metade do que uma criança com visão boa ou corrigida.

Para incentivar crianças, pais e professores a pensarem sobre a importância da saúde ocular, a IAPB lançou o concurso global ''Óculos do Futuro'', em que convocou estudantes de todo o mundo a criarem a próxima geração de óculos. E entre os vencedores está uma menina brasileira de 7 anos, natural de Vicente Pires (DF). 

Os inovadores “Óculos Mágicos de Arco-Íris” de Yasmin Sathler impressionaram os juízes por seu design, transformando os cuidados com a visão em uma aventura. "Quis criar óculos que fossem feitos de coisas boas para o planeta e que também ajudassem a gente a aprender e brincar com os amigos. Eles têm as cores do arco-íris, porque eu gosto de todas as cores – e meus desenhos são sempre multicoloridos!”, descreve. 

Yasmin Sathler. Foto: Arquivo Pessoal

O concurso para projetar os “Óculos do Futuro” recebeu mil inscrições de crianças de 19 países, incluindo Brasil, Índia, Quênia, Arábia Saudita, EUA e Reino Unido. Os vencedores receberam um prêmio em dinheiro para sua escola e também óculos, cortesia da gigante global de óculos Safilo.

Além de prejudicar diretamente o aprendizado de crianças com problemas de visão, a ausência dos óculos adequados também tem impacto significativo sobre os ganhos do indivíduo ao longo da vida e, consequentemente, a economia brasileira. 

O estudo da IAPB mostrou que se uma criança de cinco anos recebe os óculos no início da vida escolar, e continua usando-os até os 18 anos, ela terá ao longo da vida uma renda, em média, 78,1% maior do que se nunca tivesse corrigido a visão – em valores nominais, os ganhos seriam de até R$ 296.500.

Levando esses números em consideração, a pesquisa concluiu que, se todas as crianças com problemas de visão tivessem acesso a óculos, o Brasil ganharia quase 300 mil anos de escolaridade a cada ano, o que representaria um aumento futuro de quase R$ 21,9 bilhões para a economia nacional. O valor é o terceiro maior entre todos os países.

 

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