Editora

Meu filho está de férias, e eu não. E agora? O que fazer?

Foto: Freepik

Esse é o grande dilema que muitos pais e responsáveis encontram neste período do ano, quando os pequenos estão de férias. Como conciliar as demandas do dia a dia e dar a devida atenção às crianças? Como fazer coisas diferentes, mudar um pouco a rotina? 

O Portal Paulinas conversou com Pepita, autora do lançamento Valente, que nos relata como eram suas férias: “Nasci numa cidade pequena, cercada de mar e lagoa, num bairro de poucas ruas, onde todos se conheciam. Minha turma era de primos e primas de idades parecidas. Minhas férias foram nessas ruas e na pracinha do bairro, onde jogávamos queimada, pique-bandeira, bola de gude, pique-esconde, amarelinha, e empinávamos muita pipa.

Também andávamos de bicicleta e fazíamos da lagoa nosso quintal: para mergulhar, nadar e pescar peixinhos, siris e camarões. Não havia as telas e videogames de hoje, e a maioria dos nossos brinquedos eram inventados, com latas, barbante, pneus e o que encontrássemos pela frente. Também não viajávamos muito, mas os primos de longe vinham nos visitar. Era tempo de muito banho de mar na praia do Forte e de mergulhos na piscina do clube. As aventuras e brincadeiras eram muitas, e a imaginação corria solta!”. 

Diferentes gerações, o mesmo cuidado com as crianças

O que a autora nos trouxe está dentro de um contexto em que os pais ficavam tranquilos em deixar seus filhos na rua, uma vez que não havia a violência e as atrocidades que vemos hoje. Mas existem, sim, opções para ajudar neste momento, como creches que se disponibilizam a ficar com as crianças, recreação em clubes e programas de férias, alguns gratuitos. Sabe-se também da preocupação dos pais e responsáveis com aquilo que a criança irá aprender e se é um lugar confiável, seguro. 

Outro cenário, porém, é o daqueles que não têm acesso às opções citadas, por questões financeiras ou por não estarem disponíveis em sua cidade. Com isso, recorre-se à rede de apoio: tios, tias, madrinha, padrinho, avôs e avós. E haja criatividade para gastar a energia dessas crianças.

Pepita é mãe do Enzo, hoje um rapaz, mas relembra que, quando seu filho era pequeno, ela enfrentava o mesmo dilema: queria que ele continuasse a ter contato com crianças, brincasse, que tivesse tempo para relaxar e fazer leituras divertidas, e que pudessem estar mais presentes também, fazendo programas ao ar livre, cineminhas, visitas a museus e livrarias. Vez ou outra, viajavam. E ela conclui, dizendo: “De vez em sempre tínhamos um momento para nos aconchegarmos, cada um com seu livro, lendo lado a lado. E, praticamente no final de todo dia, passávamos um tempo em família, brincando e conversando, até a hora da história de antes de dormir”.

Então, o que fazer?

Dar uma rotina para as crianças nesse período do ano também é importante, mesmo que fazendo coisas diferentes do habitual, já que dar certos limites para as crianças faz parte do processo de desenvolvimento e aprendizagem, e contribui para a saúde também.

Foto: Freepik

Pepita fala, ainda, de sua preocupação com o uso do celular nesta nova geração: “As crianças de hoje têm uma oferta de telas muito grande desde cedo. Acredito que o cuidado com a rotina, seja no dia a dia, seja no período de férias, garante que essa exposição não seja exagerada e, portanto, prejudicial para seu desenvolvimento. Além disso, elas costumam ter uma agenda com muitas atividades diárias no período escolar. Então, acredito que programar uma rotina de férias com atividades lúdicas, brincadeiras, leituras compartilhadas e tempo livre para relaxar seja o ideal para que os pequenos tenham momentos de alegria, diversão, carinho e muita fantasia. E é lógico que a companhia dos pais, ao menos por algumas horas do dia, é fundamental para as férias serem perfeitas”.

Memórias afetivas

O mais importante é criar esses momentos, estreitar laços… E como marcam a vida das crianças essas memórias! Pepita é um exemplo da influência que essas memórias têm: “O que me inspira a escrever é essa relação profunda com a literatura desde cedo, são as lembranças da criança que fui e que ainda trago em mim, e essa necessidade de colocar no papel toda fantasia e imaginação que me habitam”.

E, para contribuir da melhor forma com este período do ano, veja algumas opções de leitura que a Paulinas tem para você e seu filho. Além de educar e entreter, proporcionam momentos de afeto e contribuem para estreitar laços e vínculos e criar memórias afetivas.  

Valente

Os bons amigos

Histórias do Avô

Uma viagem pelo mundo da arte

No mundo do faz de conta

Lá na terra do contrário
 

Site Desenvolvido por
Agência UWEBS Criação de Sites