Música

Música: do vinil ao digital tocando corações

A música sempre esteve presente na história e se tornou cada vez mais acessível do vinil ao digital

Já imaginou o quão diferente seria a nossa vida se a música não existisse? Como seria o despertador sem a sua música favorita? Como seriam os filmes, as séries, as peças de teatro - musicais? Nem pensar! As festas, os shows e os concertos, e até mesmo os ritos, as celebrações religiosas sem as canções?

E até mesmo as propagandas seriam menos emocionais sem a música. Faltaria o ritmo que nos encanta, a harmonia que nos emociona e o compasso que torna a nossa vida mais leve, alegre e vibrante.

A música é uma das mais antigas e universais formas de expressão humana e está presente nas mais diversas culturas, sociedades e religiões ao longo da história.

Como forma de gravar e reproduzir sons, o fonógrafo foi o primeiro aparelho com estas funções, foi criado em 1877 por Thomas Edison. E apenas no final da década de 1940 surgiu o LP (Long Play) e, na sequência, os compactos. Já a fita cassete surgiu na década de 1970 e fez parte da vida das pessoas até meados de 1990. Ainda com o consumo dos vinis e das fitas cassetes, os chamados CDs (Compact Disc) surgiram em 1980.

Em 1999, começaram a aparecer os primeiros aparelhos reprodutores de MP3, que no início possuíam 256 ou 512 MB e comportavam cerca de 125 músicas. Em 2001, a Apple lança o iPod, um aparelho com 5GB que poderia comportar até cerca de mil músicas. Era possível comprar um CD, transferir as músicas para um computador e assim transferi-las para o aparelho reprodutor de MP3. A música digital também se tornou cada vez mais fácil de ser compartilhada e baixada de sites de pirataria. 


A música do vinil ao digital (Foto: Juliene Barros)


E hoje em dia, em que “faixa” estamos?

A música agora está a um toque de nossas mãos por meio do streaming, que vem do inglês “transmissão”. Não é necessário mais baixar a música e ter o arquivo, pois com o acesso à internet, você tem uma transmissão da música ao mesmo tempo, em que aperta o play.

Podemos ouvir dizer também que a música está nas nuvens, pois são os grandes servidores de internet que transmitem essas músicas por meio das chamadas plataformas digitais, plataformas de música ou plataformas de streaming. Seja por meio do YouTube, Spotify, Deezer, Amazon Music, Apple Music e outras diversas plataformas.

A música se torna cada vez mais acessível para aqueles que têm um smartphone ou algum outro dispositivo, como computadores e tablets conectados à internet.

A música que hoje é lançada no Brasil, por exemplo, pode ser ouvida imediatamente em qualquer outra parte do mundo, e ao contrário também. Ela “ficou de graça”, você pode ouvi-la gratuitamente ou adquirir uma assinatura em uma das plataformas de música.

Pode ser que para muitas pessoas venha aquela “nostalgia”, uma saudade do tempo do vinil, da fita cassete, do CD e até do mp3. Mas independente do formato, a música continua sendo uma expressão da alma, refletindo sentimentos profundos, alegrias, tristezas e até orações.

A música é um refúgio das nossas emoções, transforma aquilo que talvez não conseguiríamos expressar em palavras ditas. Uma das coisas que dificilmente uma inteligência artificial conseguiria reproduzir: a emoção do ser humano.

Quantas memórias e sensações podem ser ativadas ao ouvir uma música? Sejam momentos da infância, da adolescência ou da fase adulta, a música sempre ocupou, ocupa e ocupará um lugar especial em nossa vida. Ela sempre pode nos levar de volta para os momentos importantes e marcantes de nossas vidas. 

Seja no meio do trânsito, em meio à natureza ou mesmo antes de dormir, a música também é um grande ativo para nos acalmar, nos animar, para focar ou para nos colocar em movimento.

A música também é instrumento de conexão de pessoas, culturas e gerações. Já pensou naquela música que seu avô, avó, seu pai ou sua mãe cantavam e que agora você canta para os seus filhos? Aperte o play, cante e crie as melhores memórias com as músicas que fazem parte da sua vida, independente da mídia que você usar para tocá-la!

 

Juliene Barros é Coordenadora de Produção Digital da Paulinas-COMEP, gravadora que desde 1960 continua a produzir músicas que passam por gerações do vinil ao digital.

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