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Nada substitui o braile

Apesar do avanço tecnológico, o braile é a ferramenta fundamental para a leitura independente das pessoas cegas ou com baixa visão

Foto: Pexels

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que existem mais de 6,5 milhões de pessoas com deficiência visual no Brasil, sendo 500 mil cegas e cerca de 6 milhões com baixa visão.

Apesar do avanço tecnológico que facilitou o acesso à informação e da criação de leitores de tela e programas de computador que convertem o texto em áudio e permitem que a pessoa cega navegue na internet, nada substitui o braile.

Trata-se de um código universal que permite às pessoas cegas beneficiarem-se da escrita e da leitura, dando-lhes acesso ao conhecimento, favorecendo sua inclusão na sociedade e o pleno exercício da cidadania.

O braile é a ferramenta fundamental para a alfabetização e a independência de pessoas cegas ou com baixa visão. Só através do braile é possível alfabetizar uma criança cega.

Mais tarde, ela pode usar outros formatos como leitores de tela, livro digital falado, mas só vai exercitar a audição. Ler só se consegue por meio do braile.

História do braile

Baseado na combinação de seis pontos dispostos em duas colunas e três linhas, o sistema braile compõe 63 caracteres diferentes, que representam as letras do alfabeto, os números, sinais de pontuação e acentuação, a simbologia científica, musicográfica, fonética e informática.

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O sistema braile foi criado em 1825 pelo francês Louis Braille, cego aos 3 anos devido a um acidente que causou uma infecção nos olhos. A leitura, com uma ou ambas as mãos, se faz da esquerda para a direita.

Os pontos em relevo obedecem a medidas padrão e a dimensão da cela braile corresponde à unidade de percepção da ponta dos dedos.

No Brasil, o braile foi introduzido por José Álvares de Azevedo, idealizador da primeira escola para o ensino de cegos no país, o Imperial Instituto de Meninos Cegos, atual Benjamin Constant.  Nosso país foi o primeiro da América Latina a adotar o sistema em 1850.

O dia de nascimento do inventor francês, 4 de janeiro, é o Dia Mundial do Braile. Já no dia 8 de abril, aniversário de Azevedo, é comemorado o Dia Nacional do Braile.

Livros em braile

Consciente da importância do braile para a educação inclusiva, Paulinas Editora publica desde 2005 livros voltados para o público infantil e infanto-juvenil em braile.

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O aprendizado deste sistema proporciona maior independência na escrita e na leitura e, consequentemente, maior facilidade de comunicação e socialização.

Confira neste link o catálogo dos livros em braile.

Neste outro, você encontra nossos títulos em audiobooks.

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