Foto: Zuleica Aparecida Silvano
Olá, irmãos e irmãs, graça e paz!
Finaliza-se um ano, 2023, e perpassam em nossos corações vários sentimentos! É o momento de avaliar a caminhada, perceber nosso itinerário espiritual, os momentos de dificuldades vivenciados, e as alegrias. Um ano marcado pelo sofrimento de tantos irmãos e irmãs, que além das labutas do dia a dia, enfrentam conflitos, guerras, desastres naturais.
Foi um tempo também de reflexão que nos convidou a enfrentar o tema da fome, com a Campanha da Fraternidade; no âmbito bíblico, mergulhamos na Carta aos Efésios, com sua proposta: “vestir-se de uma nova humanidade”, recordando-nos o nosso batismo e a vivência em comunidade, e que questionou nosso agir cristão nas relações com as pessoas, na convivência, no trabalho.
Este foi o ano em que experimentamos a primeira etapa do sínodo em Roma sobre a sinodalidade; tivemos o Congresso Missionário Nacional, que nos interpelou sobre a missão além-fronteiras e celebramos o fim do Ano Vocacional, com “corações ardentes e pés a caminho”.
Agora, nos deparamos com o início de um novo ano litúrgico, e com o período, que antecede ao Natal, que chamamos Advento. Neste tempo de espera e de vigilância, somos convocados a caminhar com pessoas importantes da história da Salvação: Isaías, o profeta da esperança; João Batista, que nos convida à conversão; Maria, a mãe de todos aqueles e aquelas que creem no projeto de Deus Pai.
É também o momento propício para nos confrontarmos com o grande mistério da Encarnação do Filho de Deus, ao celebramos o Natal do Senhor. A Palavra, geradora de vida, que se encarna em nossa história para revelar o amor do Pai. Um Deus faz morada entre nós e revela a sua glória na vulnerabilidade humana, do menino-Deus.
Portanto, somos conduzidos pelas leituras do Advento e pela celebração do Natal a conhecer Jesus Cristo, a encarnação da Palavra na história humana, a responder a esse anúncio por meio de nossa fé e sermos também testemunhas desse Deus que se faz carne e habita em nós e entre nós (Cf. Jo 1,14).
Diante desse mistério, cabe-nos a pergunta: Como percebi a bondade de Deus no decorrer deste ano? Como planejar minha vida partindo daquilo que é essencial? Como promover a Paz nos ambientes os quais eu frequento? O que ficou em mim destes momentos fortes que vivenciamos como Igreja: a Campanha da Fraternidade sobre o tema da fome, o Mês da Bíblia tendo como tema a Carta aos Efésios, o Sínodo sobre a Sinodalidade, o Ano Vocacional e tantas outras experiências que fiz na minha comunidade, em casa, no trabalho?
Desejamos a todos e todas que nos acompanharam no decorrer desse ano por meio das “Dicas Bíblicas”, um Feliz Natal e um Novo Ano pleno de alegria. Esperamos que possam continuar caminhando conosco em 2024, quando refletiremos sobre o Livro do profeta Ezequiel, tema escolhido para o Mês da Bíblia de 2024, tendo como lema: Porei em vós meu espírito e vivereis! (Cf. Ez 37,14).
