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Quebrou, e agora?

Os objetos de devoção quebram, lascam, arrebentam... e aí vem a dúvida: qual é a forma correta de descartá-los?

Foto: Freepik

Imagens de santos, medalhas, escapulários, terços... para marcar sua experiência de fé, os cristãos têm o hábito de abençoar alguns objetos de devoção. É o que acontece anualmente, por exemplo, com os ramos na cerimônia do Domingo de Ramos.

Mas, por que abençoar objetos? Qual é o significado disso?

Quando usamos um crucifixo abençoado no pescoço, ele simboliza que somos cristãos e devemos nos portar como tal, além disso, ele expressa a proteção de Deus e comunica que Ele nos ama e nos acompanha diariamente.

Veja o que diz o Ritual de Bênçãos (n. 1146), atualmente em vigor na Igreja: “Deus, que em qualquer parte da terra manifesta a sua onipotência e a sua bondade, confia também à sua Igreja a bênção de elementos humildes e de pequeno valor, para que as pessoas interessadas no uso dos mesmos com devoção e piedade [...] sejam levadas ao desejo das coisas espirituais, e bendigam a Deus, pois só ele opera as maravilhas, e permanece admirável também nos seus santos”. 

“Pelas palavras de preparação dos fiéis propostas ao celebrante no Ritual de Bênçãos, descobrimos a intenção da bênção dos objetos e porque devemos ter respeito para com eles, apesar de serem frágeis”, afirma o mestre em Liturgia e sacerdote da diocese de Pinheiro (MA), pe. Ribamar Rodrigues.

O que fazer?

Os objetos de devoção são finitos. Eles quebram, lascam, arrebentam... e aí vem a dúvida: qual é a melhor forma de descartá-los?A Igreja pede que sejam tratados com respeito. Segundo o Código de Direito Canônico (CDC, n. 171), os objetos abençoados devem ser tratados “com reverência e não se votem ao uso profano ou a outro uso não próprio, ainda que estejam sob o domínio de particulares”.

Caso os objetos não possam ser reparados, a tradição diz que devem ser queimados e enterrados. “Quando não estejam mais em condições de uso porque sofreram algum dano, verifique o valor material da peça. Se é algo de grande valor artístico e até mesmo sentimental ou de herança familiar, a solução é buscar profissionais para restauração. Mas se é uma peça que não se enquadra nestas condições e que pode ser encontrada com facilidade, descarte-a, queimando e depois enterrando”, orienta o pe. Ribamar. 

Foto: Freepik

A tradição de devolver os objetos abençoados à terra, vem da ideia de que uma peça abençoada em nome de Deus deve voltar para Deus, da mesma maneira que uma pessoa é enterrada.

No caso dos ramos citados no início deste texto, você sabia que eles são queimados e deles saem as cinzas para a Quarta-Feira de Cinzas do ano seguinte? Por isso, a orientação é levar seu ramo à paróquia para que queime junto com os outros. 

Se surgir alguma dúvida, não pense duas vezes: entregue o objeto a alguém da comunidade paroquial. Esta, por sua vez, fará o procedimento cabível, dando a devida reverência a tais peças que se tornaram sagradas pela benção da Igreja.

 

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