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Conta uma história que, devido a um intenso frio, os porcos espinhos de uma comunidade começaram a morrer congelados. Depois de um tempo, perceberam que ao se aproximarem, conservavam melhor o calor e assim, todos se ajudavam.
Mas, depois de um tempo, voltaram a morrer, não mais pelo frio, mas pelos ferimentos causados pela curta distância.
Aprenderam que, tanto o afastamento, quanto a proximidade, excessivos, são prejudiciais. Então, descobriram que existe uma distância segura.
Nem perto, nem longe demais
A distância pode ferir pelo abandono; a proximidade, pelo excesso. O equilíbrio é a saída.
Quem nunca se machucou numa relação? Todos já experimentamos algum grau de frustração em relação às pessoas que amamos e aos acontecimentos.
Mas, será que a vida fica realmente horrível quando as coisas não “saem” como gostaríamos?
Dependendo do grau de frustração a que uma pessoa ou a vida nos submeta, podemos desenvolver sentimentos de mágoa, ressentimento, ódio, desejo de vingança, decepção e tristeza.
Podemos nos magoar conosco mesmos, com os outros, com o mundo, com a vida, quando não correspondem aos nossos anseios e até mesmo com Deus.
Por que erramos?
A verdade é que erramos porque somos imaturos, por vezes estúpidos, insensíveis, impulsivos ou ignorantes; nem sempre é porque sejamos maus. A maldade pura e a mesquinharia verdadeira, são difíceis de encontrar.
Por mais infeliz que seja a decisão de alguém, a realidade é que a pessoa que a tomou é alguém que está, como todos, tentando sobreviver e de alguma forma, ser feliz.
Sempre há uma intenção positiva por trás do que fazemos. Também erramos porque somos diferentes e o que é certo e bom para mim, nem sempre será visto assim por um outro.
O perdão como solução
Se a ofensa é uma realidade, o perdão deve ser a solução. Mas, por que perdoar? “Até perdoo, mas depois tenho dificuldade em confiar na pessoa”, já ouvi dizer. “Se a pessoa não esquece, significa que não perdoou?”. “Errar é humano, perdoar é divino, mas persistir no erro é burrice; se eu perdoar sempre, não vou acostumar mal o outro?”, são questionamentos comuns.
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Começamos respondendo que, o perdão é uma libertação de um vínculo negativo com a fonte que transgrediu contra a pessoa.
É uma disposição de abandonar o próprio direito ao ressentimento, ao julgamento negativo e ao comportamento indiferente em relação a alguém que injustamente nos prejudicou, ao mesmo tempo que estimula as qualidades não merecidas de compaixão, generosidade e até mesmo amor, em relação a essa pessoa.
Então, concluímos que o perdão é o antídoto para o veneno do ressentimento. Quem deseja guardar dentro de si algo que pode matá-lo? A ciência comprova que não perdoar pode nos adoecer de diversas formas.
Para se chegar ao perdão, deve-se seguir três passos, que são um treinamento de compaixão, que significa buscar uma empatia e reconhecer o valor do outro. Perdoar é tornar-se livre e deixar o outro livre! É a única via para o crescimento e para a evolução. Onde não há perdão, há estagnação, involução, retrocesso.
Livros de Paulinas sobre o tema do perdão:
Dom e Perdão - por uma ética da compaixão
O perdão – misericórdia e cura
O perdão – um presente maravilhoso