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A recompensa de procurar o melhor, de viver conforme a consciência e servir a Deus com tudo o que se é e se tem não vem do reconhecimento das pessoas, mas da própria vida que se leva: uma vida em harmonia com o Senhor, com sua verdade e vontade.

A passagem da mulher adúltera pega em flagrante adultério (cf. Jo 8,1-11) nos permite compreender a fidelidade do dizimista não como uma pedra a jogar naqueles que ainda não aprenderam a se organizar para sustentar a comunidade que já os sustenta na fé.

O dizimista fiel não está na fileira daqueles que se julgam superiores porque “estão em dia” com seu dízimo, mas se coloca ao lado de Jesus que ensina, aprofunda o conhecimento da Palavra e conhece bem a fragilidade do ser humano que frequentemente vê o bem, mas está enroscado em comportamentos que o afastam do bem.

O dizimista fiel sabe que sua oferta do dízimo é dom da graça de Deus que trabalha em seu coração, ilumina sua mente e o ajuda a perseverar, mesmo que a infidelidade ao dízimo seja uma tentação frequente. Mas ele, como Jesus, não atira pedras e incentiva seus irmãos a um caminho de conversão e de harmonia com a Palavra de Deus.

O dizimista fiel não atira pedras, mas espalha a Palavra e, por onde passa, deixa seu testemunho de fidelidade. E você, com quem se identifica neste evangelho à luz do chamado a ser corresponsável com sua comunidade?

 

Padre Cleiton Viana da Silva pertence ao clero da Diocese de Mogi das Cruzes (SP), doutor em Teologia Moral pela Academia Afonsiana (Roma), leciona na Faculdade Paulo VI e é autor de várias obras publicadas pela Paulinas Editora. Redes sociais: @padrecleitonsilva