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Os santos que viram Jesus morrer

Conheça algumas curiosidades de São Dimas e São Longuinho, personagens que testemunharam os últimos momentos de Cristo Vivo

Longinus perfurando o lado de Cristo com a Lança. Pintura de Gerrit De La Vallé


Certamente você já ouviu algo sobre eles: São Dimas era um dos dois bandidos descritos nos Evangelhos que foram crucificados ao lado de Jesus. São Longuinho foi o chefe dos soldados romanos que, na crucificação de Jesus, perfurou seu peito com uma lança.

Os dois santos são celebrados no mês de março (São Dimas no dia 15 e São Longuinho no dia 25). Curioso perceber que ambos têm relação com a morte de Jesus, são personagens que testemunharam seus últimos momentos.

Primeiro santo da Igreja

Sobre Dimas, o evangelista Lucas revela que um dos dois malfeitores crucificados ao lado de Jesus suplicou na hora da morte: “Jesus, lembra-te de mim quando chegares ao teu reino!” E ele disse-lhe: “Amém, eu te digo, hoje estarás comigo no paraíso” (Cf. Lc 23,32.42-43). 

“Esta frase bíblica de inimaginável alcance inspirou a antiga devoção de ver no ‘bom ladrão’ o primeiro santo da Igreja. O nome ‘Dimas’, não aparece nos evangelhos. O Evangelho de São Lucas, capítulo 23, versículos 39 a 41, afirma: “Um daqueles ladrões que haviam sido dependurados disse-lhe: ‘Se és o Cristo, salva a ti mesmo e a nós’. Mas Dimas, em resposta, repreendeu-o: ‘Não temes a Deus, ainda que estejas na mesma condenação? Nós recebemos o justo por nossas más obras; mas este nada fez de mal!’", explica a irmã paulina Maria Inês Carniato, mestra em Teologia Sistemática e membro da equipe do Serviço de Animação Bíblica (SAB Paulinas).

São Dimas em pintura de Robert Campin / Domínio Público

São Longuinho

Veja o que o Evangelho de João fala sobre São Longuinho: “Chegando a Jesus, vendo que já estava morto, não lhe quebraram as pernas, mas um dos soldados feriu-lhe o lado com uma lança e logo saiu sangue e água”. E continua: “Aquele que viu dá testemunho e seu testemunho é verdadeiro” (Cf. Jo 19,33-35). 

“Ele é proclamado pelo próprio evangelho como testemunha da morte do Senhor. A devoção popular dos primeiros séculos da Igreja atribuiu o nome romano de Longinus (lança) e consta na Legenda áurea – uma antologia tardia das tradições orais –, que depois de ter visto o Senhor morrer na cruz e testemunhar que de seu lado jorraram sangue e água, o soldado “Renunciou à condição militar e tendo sido instruído na fé pelos apóstolos, viveu por muitos anos na cidade de Cesareia da Capadócia, onde converteu muita gente por sua palavra e seus exemplos. Aprisionado durante a perseguição de Nero aos cristãos, depois de violentas torturas, foi decapitado”, conta a irmã Maria Inês Carniato.

Imagem de São Longuinho esculpida por Bernini na Basílica de São Pedro, Roma. Domínio Público

Três pulinhos

São Dimas é um caso único e privilegiado de santidade, pois foi canonizado ainda em vida, pelo próprio Cristo. É o padroeiro dos presos e das penitenciárias, protetor dos pecadores, que nos últimos instantes de vida, arrependem-se e clamam pelo perdão.

Já São Longuinho é tido pela tradição popular, como testemunha ocular da crucifixão de Jesus. Mas, então, de onde vem a ideia dos três pulinhos e de que ele ajuda a encontrar objetos perdidos?

Acredita-se que é pelo fato dele ser baixinho e ter dificuldade de locomoção. Antes da conversão, ele servia a alta corte romana durante os banquetes e festas. Por ter estatura baixa, enxergava com mais facilidade os objetos caídos ao chão, por baixo das mesas, ele os recolhia e entregava a seus donos.

 

 

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