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Pastoral da Esperança, solidariedade na dor da perda

Presença amiga, fraterna e solidária da comunidade eclesial junto às pessoas no momento de dor pela perda de um ente querido

Foto: Freepik

Todo cristão, ao ser batizado, foi revestido da graça pela Santíssima Trindade. Recebeu a graça que o tornou capaz de crer em Deus, de esperar nele e de amá-lo por meio das virtudes teologais: fé, esperança e caridade.

A virtude é uma disposição habitual e firme para fazer o bem. Permite à pessoa não só praticar atos bons, mas dar o melhor de si.

Como recomenda o Apóstolo Paulo, quando diz: "Ocupem-se com tudo o que é verdadeiro, nobre, justo, puro, amável, honroso, virtuoso, ou que de algum modo mereça louvor.  Então, o Deus da paz estará com vocês."(Fl 4,8).

Uma das virtudes é a esperança. Com ela, vivemos também a fé e a caridade.

Fundamentos da esperança

Em Jesus Cristo e em sua Paixão, Deus nos guarda na "esperança que não decepciona" (Rm 5,5). A esperança é a "âncora da alma”, segura e firme, "penetrando... onde Jesus entrou por nós, como precursor" (Hb 6,19-20). Também é uma arma que nos protege no combate da salvação: "Revestidos da couraça da fé e da caridade e do capacete da esperança da salvação" (1Ts 5,8). Ela nos traz alegria mesmo na provação: "alegrando-vos na esperança, perseverando na tribulação" (Rm 12,12), nos ilumina o Catecismo da Igreja Católica.

Pastoral da Esperança 

A Pastoral da Esperança consiste na presença amiga, fraterna e solidária da comunidade eclesial junto às pessoas que passam por um momento de dor com a perda de um ente querido, prestando solidariedade, conforto e rezando pelos defuntos, ao mesmo tempo, dando aos vivos o consolo da esperança.

Ministro da Pastoral da Esperança

Este ministério pode ser assumido por leigos, homens ou mulheres, que levam a esperança de que o que se experimenta no momento (a morte) não é a última palavra.

Foto: Freepik

A morte não é o fim de tudo. A fé traz a certeza de que o Senhor Ressuscitado “enxugará toda a lágrima dos nossos olhos, pois, nunca mais haverá morte, nem luto, nem clamor, e nem dor haverá mais, pois, coisas antigas se foram” (Ap 21,4).

Assim, o ministro da Pastoral da Esperança é comunicador de fé e esperança, da certeza do que Jesus disse: "Eu estarei convosco todos os dias". "Eu vim para que todos tenham vida, e a tenham em abundância." (Jo 10,10). 

Realiza a celebração de exéquias em velórios, cemitérios, hospitais, residências, levando a certeza e a alegria da ressurreição.

Para ser um ministro desta Pastoral, a pessoa precisa se preparar ou, “frequentar” a escola da esperança. E, em que consiste?

Escola da esperança

No mundo em que vivemos, onde sofremos continuamente as ameaças da cultura de morte, como  discípulos de Jesus Cristo, Senhor da Vida, somos chamados a ser “ministros da esperança para os outros”, disse Bento XVI (Spes Salve, 34). É um serviço para animar as pessoas! Como diz o profeta Isaías: "Fortaleçam as mãos cansadas, firmem os joelhos cambaleantes; digam aos corações desanimados: “Sejam fortes! Não tenham medo!" (Is 35,3-4).

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O Papa Bento XVI falou da “escola da esperança”. A esperança é dom, que deve ser buscado e alimentado pela oração. Isto porque é ali que podemos encontrar aquele que esperamos - Deus. Quem reza encontra Deus. Assim, é educado, transformado, fortalecido e se torna testemunha. Há um manual no qual, como discípulos, os ministros se alimentam e rezam: o Evangelho. “A esperança se exprime e se alimenta na oração, especialmente no Pai-Nosso, resumo de tudo o que a esperança nos faz desejar" (CIC 1820).

Podemos, assim, esperar a glória do céu prometida por Deus aos que o amam e fazem a sua vontade. Na esperança, a Igreja pede que todas as pessoas sejam salvas (1Tm 2,4).
 

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