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Os Mandamentos da Igreja foram propostos pelo Concílio de Trento. Foi o mais longo dos Concílios. Aconteceu de 13 de dezembro de 1545 a 4 de dezembro de 1563. Convocado pelo Papa Paulo III com o objetivo de assegurar a unidade da fé.

Depois de mais de 300 anos, ao anunciar o Concílio Vaticano II, o Papa São João XXIII afirmou que as propostas do Concílio de Trento continuavam em vigor. Esta posição foi reafirmada pelo Papa São Paulo VI.

Mandamentos da Igreja

Com o objetivo de garantir aos fiéis o espírito de oração e o crescimento do amor a Deus e ao próximo, os Mandamentos da Igreja são:

1º Participar da missa inteira nos domingos e outras festas de guarda e abster-se de ocupações de trabalho". Domingo é o dia do Senhor.
2º Confessar-se ao menos uma vez por ano.
3º Receber o Sacramento da Eucaristia ao menos pela Páscoa da Ressurreição.
4º Jejuar e abster-se de carne, conforme manda a Santa Mãe Igreja.
5º Ajudar a Igreja em suas necessidades.

O segundo mandamento 

Abordamos, aqui, o segundo mandamento: Confessar-se ao menos uma vez por ano.

Alguém pode querer saber: como surgiu? Quem instituiu este mandamento que refere ao sacramento da confissão? Onde a Igreja o fundamenta?

No próprio dia da ressurreição, Jesus apareceu aos discípulos que estavam no cenáculo e lhes disse: “Recebam o Espírito Santo. Os pecados daqueles que vocês perdoarem, serão perdoados. Os pecados daqueles que vocês não perdoarem, não serão perdoados” (Cf. Jo 20,22-23).

A Palavra de Deus nos garante que, foi o próprio Cristo Ressuscitado que concedeu aos ministros ordenados da Igreja o poder de perdoar pecados, em seu nome.

Quem deve se confessar

Muitas vezes pedimos desculpas a alguém a quem ofendemos ou interpretamos mal.

Pedir desculpas é o mínimo que fazemos quando percebemos nossos enganos e julgamentos. Todos nós erramos e todos devemos nos reconciliar.
Para nos ajudar a viver bem como cristãos, a Igreja nos propõe a reconciliação já na catequese de iniciação.   Todo fiel que tem consciência de haver cometido um pecado deve confessá-lo, ao menos uma vez ao ano. Mas, o que é pecado?

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Quem inventou a confissão?

Durante a sua vida pública. Jesus não somente perdoou os pecados, como também manifestou o efeito desse perdão: reintegrou os pecadores perdoados na comunidade do povo de Deus, da qual o pecado os tinha afastado ou mesmo excluído. Sinal bem claro disso é o fato de Jesus admitir os pecadores à sua mesa, e mais ainda, de se sentar à mesa deles, gesto que exprime ao mesmo tempo, de modo desconcertante, o perdão de Deus e o regresso ao seio do povo de Deus (Cf. CIC 1443).

Ao tornar os Apóstolos participantes do seu próprio poder de perdoar os pecados, o Senhor dá-lhes também autoridade para reconciliar os pecadores com a Igreja. Esta dimensão eclesial do seu ministério exprime-se na palavra solene de Cristo a Simão Pedro: “Dar-te-ei as chaves do Reino dos céus; tudo o que ligares na terra ficará ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra ficará desligado nos céus” (Cf. Mt 16, 19). Este mesmo encargo de ligar e desligar, conferido a Pedro, foi também atribuído ao colégio dos Apóstolos (Mt 18,18; 28, 16-20) (Cf. CIC 1444).

E como celebrar o Sacramento da Confissão? É a pergunta que muitas pessoas fazem. Sobre isto, leia: Em que consiste o Sacramento da Confissão?

Como Deus nos perdoa?

Para aquelas pessoas que querem saber como Deus vê o nosso pecado e, a nós, os pecadores, é bom recordar a história do filho pródigo, contada por Jesus e narrada pelo evangelista Lucas (15,11-32). 

Se com a nossa liberdade mal vivida, nos sentimos perdidos, no “fundo do poço”, e queremos voltar à vida de cristão, podemos retornar à Casa.

Mesmo nos reconhecendo, como o filho pródigo, pecadores e sem direitos nenhum, mas arrependidos.  O Pai nos espera, ansiosamente, e responde ao nosso arrependimento, com seu abraço de perdão, vestindo-nos com sua graça e preparando-nos a grande festa da vida.  

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