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Religiosidade e Espiritualidade: entenda as diferenças

Espiritualidade e religiosidade não são a mesma coisa

Foto: Pexels

Já ouvimos falar de espiritualidade franciscana, carmelita, inaciana, paulina, cristã, e tantas outras. Francisco e Inácio vislumbravam Deus em todas as coisas. Como o expressou belamente Santo Inácio: “Encontrar Deus em todas as coisas e ver que todas as coisas vêm de Deus". Contínua recordação de Deus e frequente memória do coração.

Assim podemos definir a espiritualidade, em suas diversas expressões.

Diversas espiritualidades mas uma única Luz

As espiritualidades cristãs participam da tradição viva da oração e são guias indispensáveis para as pessoas, refletindo, em sua diversidade, a única Luz do Espírito Santo.

Sem dúvida, o Espírito é o lugar dos santos, e nós somos habitação e templo de Deus.

O Apóstolo Paulo, na carta aos Romanos, afirma que estamos no Espírito e o "Espírito de Deus mora em vocês"(Cf. Rm 8,9). E diz muito mais sobre esta espiritualidade. Diz-se convencido de que "nem a vida, nem a morte, nem os anjos, nem o presente, nem o futuro, nem qualquer criatura, nada poderá nos separar do amor de Deus, em Jesus Cristo" (Cf. Rm 8,38ss).

"Recordação de Deus"

A oração é fonte da espiritualidade e a vida do coração novo que deve nos animar a cada momento. Nós, porém, às vezes, nos esquecemos daquele que é nossa Vida e nosso Tudo.

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Por isso os guias espirituais insistem na oração como "recordação de Deus", como um despertar frequente da "memória do coração". Diz-se até que "é preciso se lembrar de Deus com mais frequência do que se respira". No entanto, sabe-se que não se pode orar "sempre", se não se reza em certos momentos, por decisão própria. São os tempos fortes da oração cristã, em intensidade e duração, lembram-nos os santos.

A espiritualidade leva à mística 

A espiritualidade leva à união sempre mais íntima com Cristo. São Paulo dirá: "Para mim, o viver é Cristo" (Cf. Fl 1,21). "Estou crucificado com Cristo. E já não sou eu que vivo: é Cristo que vive em mim" (Cf. Gl 2,19-20). Esta união recebe o nome de "mística", pois participa do mistério de Cristo. 

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Deus nos chama a todos a esta íntima união com Ele. Se vivemos pelo Espírito, sigamos o Espírito" (Cf. Gl 5,25). 

A venerável Tecla Merlo, primeira Filha de São Paulo, vivia intensamente a espiritualidade paulina e assim dizia: "O céu consiste na visão de Deus. Mas, também aqui na terra, temos o céu. É questão de saber encontrá-lo e, sobretudo, de viver nele. Pela Eucaristia, Ele vem todos os dias ao nosso coração. Nossas palavras e ações deveriam refletir um raio de sua luz”. 

Religiosidade

Uma pesquisa em 2015 descobriu que 63% do mundo se identificava como religioso, 22% como não religioso e 11% como ateus convictos. Em média, as mulheres são mais religiosas que os homens. 

A religiosidade está relacionada a um sistema de crenças, geralmente partilhado por uma comunidade ou grupo. É muitas vezes associada a rituais e práticas tradicionais.

O senso religioso do povo cristão encontrou, em todas as épocas, diversas formas de piedade, como a veneração de relíquias, visitas a santuários, peregrinações, procissões, via-sacra, o rosário, as medalhas etc.

A enciclopédia livre, Wikipedia, apresenta muitas informações sobre a questão. 

Religião é uma série de sistemas socioculturais compostos por práticas, organizações, morais, crenças, cosmovisões, textos sagrados, lugares santificados, profecias ou ética que geralmente relacionam a humanidade a elementos sobrenaturais, transcendentes e espirituais. 

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Existem cerca de 10 mil religiões diferentes em todo o mundo, embora quase todas tenham grupos de seguidores relativamente pequenos e regionais.

Quatro grandes religiões - cristianismo, islamismo, hinduísmo e budismo - representam mais de 77% da população mundial. Cerca de 92% da população global segue uma das quatro religiões principais citadas ou se identifica como não religiosa, o que significa que as mais de 9 mil religiões restantes representam apenas 8% da população do planeta. 

 

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