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Santo Antônio, o pregador milagroso

Ele é um dos mais populares santos católicos. Confira depoimentos de seus devotos

Foto: Pixabay

Sair em busca de depoimentos sobre Santo Antônio para ilustrar esta matéria comprovou que este é um dos mais queridos e populares santos católicos no mundo. Curioso como as pessoas têm histórias que envolvem Fernando de Bulhões, um português que só passou a se chamar Antônio aos 25 anos quando se tornou frade franciscano.

Uns se referem a ele como Santo Antônio de Lisboa, outros como Santo Antônio de Pádua. E as duas versões estão corretas, pois se relacionam ao seu local de nascimento (Lisboa, em Portugal) e de morte (Pádua, na Itália).

Suas pregações evidenciavam a voz forte, a aparência imponente, uma profunda cultura bíblica e espiritualidade envolvente. Os Sermões Antonianos foram considerados como as mais notáveis obras literárias de natureza religiosa compiladas em Pádua durante a Idade Média. O papa Bento XVI afirma que “com seus Sermões Antônio nos propõe um verdadeiro itinerário de vida cristã”.

Mas, e a fama de milagreiro, de onde vêm?

Doutor do Evangelho

A maioria de seus prodígios ocorreu no período de sua vida em que já peregrinava pela Europa como frade franciscano, porém há registros de milagres desde a sua infância. Foi testemunha de uma aparição do Menino Jesus, a quem segurou em seus braços – e é por isso que é assim representado em estátuas e pinturas.

Sua canonização foi a mais rápida da história, apenas 11 meses após a sua morte. Quando exumaram seu corpo descobriram que a língua se encontrava incorrupta. São Boaventura, que estava presente no ato de exumação, disse que “o milagre era prova de que a pregação de Santo Antônio era inspirada por Deus".

Procurado por quem quer encontrar um par romântico ou resolver conflitos amorosos, ele também é padroeiro dos pobres, dos padeiros e ajuda as pessoas a encontrarem objetos perdidos. Santo Antônio é considerado um dos doutores da Igreja, sendo chamado de “Doutor do Evangelho”, pela riqueza da sua pregação.


Devotos de Santo Antônio

Conheça alguns exemplos de fé e devoção por Santo Antônio:

Alberina de Fátima. Foto: Arquivo Pessoal

“Sempre frequentei as festas de Santo Antônio, quando era mais jovem a gente enfiava a faca na bananeira para ver no outro dia se aparecia o nome do pretendente. Também tinha a simpatia de colocar a bacia d’água no sereno com as letras do alfabeto escritas em papéis para ver qual letra ia amanhecer aberta. Adorava o correio do amor e andava para todos os lados com uma imagem pequena do santo na bolsa, não desgrudava um minuto”.
Alberina de Fátima Cardoso, de Rio Claro (RJ)

Izilda Prieto. Foto: Arquivo Pessoal

“Cresci vendo a minha mãe e minhas tias cantando e preparando os doces para a festa junina. Rezávamos o terço, cantávamos muitas orações e levantávamos o mastro de Santo Antônio, São Pedro e São João. O nome do meu marido é Antônio e minha sogra era muito devota do santo, aprendi com ela a nutrir esse carinho por ele tanto que herdei o Responsório de Santo Antônio escrito por ela. Dei continuidade à tradição da minha família e até hoje me envolvo com a festa junina na minha comunidade. Sempre que algo me preocupa eu recorro a Santo Antônio. Há um ano tive um câncer de mama, foi um período muito sofrido, mas graças a ele terminei o tratamento e estou bem. Contando os dias para a próxima festa junina”.
Izilda Jose Scavassa Prieto, de São Paulo (SP)

“Minha infância foi marcada por um catolicismo devocional. Quando eu tinha por volta de 6 anos, passamos por uma realidade de muita dificuldade em família, chegamos a passar fome. Num 13 de junho, dia de Santo Antônio, acordei com uma febre muito forte, minha mãe me levou ao hospital e na volta passamos por um grupo que fazia a benção dos pães de Santo António. Lembro da fé e do carinho da minha mãe que falou pra mim: ‘Você aguenta mais um pouquinho? Vamos rezar diante da imagem de Santo Antônio?’. Um senhor me abordou e ofereceu o pão bento. Só que ele deu muitos pães, eram tantos que foram suficientes para nossa família por uns dois dias. Santo Antônio é expressão dos pobres, é expressão de Jesus que se fez manso, humilde e ouviu as dores dos pobres, por isso ele é tão amado e significativo para tantas pessoas. Que Santo Antônio interceda sempre por nós”.
Gil Inácio, de Itu (SP)

Maria Conceição Marques. Foto: Arquivo Pessoal

 “A história da minha existência tem relação com Santo Antônio. Meus pais se conheceram na cidade de Bananal (SP), eram tempos de festas juninas. Minha mãe cantava no coro da Igreja Matriz Bom Jesus do Livramento que se apresentava na cidade de Arapeí (SP), cujo padroeiro é Santo Antônio. Na época, um caminhão conduzia as jovens para cantar na missa. Meu pai, que já estava de olho na minha mãe, resolveu seguir o caminhão até o seu destino: a Igreja de Santo Antônio de Arapeí. Só sei dizer que era 13 de junho de 1950 e no dia 11/11 daquele mesmo ano eles se casaram.
Outra história envolvendo o santo diz respeito a minha primeira professora que é devota de Santo Antônio. No seu aniversário no ano de 1957 entreguei um santinho de papel para ela. Hoje com 103 anos ela ainda não esqueceu do presente tão significativo. Estivemos juntas há um mês e ela comentou sobre o carinho e a importância daquele santinho que ela guarda até hoje. Viva Santo Antônio!”.
Maria Conceição Nogueira Pereira Marques, de São Paulo (SP)

 

 

Confira mais sobre Santo Antônio, leia Milagre de Santo Antônio: “a mula do herege” 

 

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