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Santos dedicados a Eucaristia

Muitos santos e santas dedicaram sua vida à Eucaristia ou por ela morreram e foram proclamados mártires

Desde os inícios do cristianismo, pessoas são fiéis à Eucaristia ao ponto de dela se alimentarem, viverem e até darem a própria vida por ela. Recordamos algumas.

São Tarcísio

No primeiro século do cristianismo, Tarcísio era acólito. Os pagãos o encontraram levando o sacramento da Eucaristia para os cristãos.

São Tarcísio. Foto: Arquivo Paulinas

Perguntaram-lhe o que estava levando e o atacaram durante um longo caminho, ferindo com paus e pedras, até morrer, abraçado à Eucaristia.
“Quando lhe reviraram o corpo, os assaltantes não encontraram nenhum sinal do sacramento de Cristo, nem em suas mãos e nem por entre as vestes. Os cristãos recolheram o corpo do mártir e o enterraram com honras”. Assim, o Martirológio Romano resume a história de São Tarcísio.
Mártir da Igreja dos primeiros séculos, vítima da perseguição do imperador Valeriano, em Roma, Tarcísio era um dos integrantes da comunidade cristã romana, quase toda dizimada. Ele tinha 12 anos e morreu no dia 15 de agosto do ano 257, ao tentar levar a Eucaristia a outros cristãos que estavam presos pela perseguição.

Mártires do Rio Grande do Norte

No dia 3 de outubro comemora-se a festa litúrgica dos Santos Mártires de Cunhaú e Uruaçu, padroeiros do Rio Grande do Norte. Os Santos foram vítimas de dois assassinatos em massa cometidos em 1645, durante as invasões holandesas no Brasil.

O primeiro massacre, de Cunhaú, aconteceu no dia 16 de julho de 1645, durante a celebração da Santa Missa dominical, na Capela de Nossa Senhora das Candeias, no Engenho de Cunhaú, no atual município de Canguaretama (RN).

No momento da consagração, após o padre André de Soveral realizar elevação da hóstia e do cálice, erguendo o Corpo do Senhor para a adoração dos presentes, Jacob Rabbi, um alemão a serviço dos holandeses, trancou as portas da capela e, com uma tropa de índios Tapuias e soldados, ordenou a matança de todos os fiéis.

Mártires do Rio Grande do Norte. Foto: Pascom Natal / Reprodução: Site CNBB

O segundo massacre, de Uruaçu, aconteceu três meses depois, no dia 3 de outubro, em Uruaçu, hoje parte do município de São Gonçalo do Amarante (RN).

Com as notícias sobre o ocorrido em Cunhaú, alguns católicos buscaram refúgio na Fortaleza dos Reis Magos e numa fortificação construída no pequeno povoado de Potengi, que ficava próximo da Fortaleza, mas foram atacados pelas tropas de Rabbi.

Eles resistiram, mas acabaram se rendendo e foram massacrados às margens do rio Uruaçu. Entre os mortos estavam o padre Ambrósio Francisco Ferro e o camponês Mateus Moreira. Os invasores holandeses ofereceram aos fiéis católicos a opção de conversão ao calvinismo, mas eles escolheram o martírio, e o acolheram entre orações e exaltação a Deus. Foram dezenas de mortos nos dois episódios, mas apenas 30 foram canonizados, sendo 28 leigos e dois sacerdotes, isso porque devido à violência com que foram mortos, muitos não puderam ser identificados.

Amor ao Santíssimo Sacramento: uma das vítimas do martírio de Uruaçu foi o camponês Mateus Moreira, que teve o coração arrancado pelas costas, enquanto repetia a frase “Louvado seja o Santíssimo Sacramento”. A 43ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil, realizada em Itaici (SP), em 2005, aprovou o então bem-aventurado Mateus Moreira como “Patrono dos Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão Eucarística”.

Os Mártires de Cunhaú e Uruaçu foram beatificados pelo Papa São João Paulo II, em 5 de março de 2000, e foram canonizados pelo Papa Francisco, em 15 de outubro de 2017. Na ocasião da canonização, o Papa Francisco ressaltou que o sangue dos mártires regou o solo para a geração de novos cristãos: “Seu sangue regou o solo pátrio, tornando-o fértil para a geração de novos cristãos”, afirmou Francisco.

São Pio de Pietrelcina

A cidade de San Giovanni Rotondo, no sul da Itália, vive em torno da devoção a São Pio de Pietrelcina. Ali, é possível ver a simplicidade do quarto onde o santo passou os últimos anos da sua vida. São Pio nasceu na Itália em 1887 e, aos 16 anos, entrou na Ordem dos Capuchinhos.

São Pio de Pietrelcina. Foto: Arquivo Paulinas

Com uma vida dedicada totalmente a Deus e ao seu serviço, a vida de São Pio começou a mudar totalmente quando, em 20 de setembro de 1918, depois da celebração da Santa Missa, recebeu os estigmas nas mãos e nos pés. O santo conviveu por 50 anos com os estigmas, sendo o único sacerdote da Igreja Católica a recebê-los, pois os demais são leigos. Morreu em San Giovanni Rotondo, em 23 de setembro de 1968, e foi canonizado em 2002.

 

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