Quando nos deparamos com situações em que geralmente os filhos trazem semelhanças de personalidade, de qualidades ou defeitos dos pais, dizemos: “tal mãe, tal filha!” ou “tal pai, tal filho!” Acredite, este provérbio encontramos no livro do profeta Ezequiel, no capítulo 16 (Ez 16,44).
O livro apresenta linguagem simbólica, além de imagens e alegorias. Nos capítulos 16 e 23 fala da infidelidade de Jerusalém e da Samaria. Aqui apresenta o provérbio. E o profeta completa a explicação: “És bem a filha de tua mãe, daquela que detestou o marido e os filhos!” (Ez 16,45). Mas Deus não rompe sua Aliança e continua a amar sua querida esposa Jerusalém, apesar de seus pecados.
Encontramos outros provérbios que repetem o mesmo sentido deste: “filho de peixe, peixinho é”; “quem sai aos seus, não degenera”; “filho de peixe, sabe nadar”; “filho de gata, ratos mata”.
Irmã Edmara Ferreira de Lima é membro do Instituto Religioso Nova Jerusalém. Possui graduação em Biblioteconomia pela Universidade Federal do Ceará (UFC), é aluna do bacharelado em Teologia pela Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP).