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Storytelling - "tecendo histórias"

As histórias, em livros, fábulas, novelas, romances, filmes, teatro, quadrinhos, vídeos, revistas, canção, ou em simples notícia, são “storytelling” que influenciam nossa vida, mesmo sem nos darmos conta disso

Foto: Pexels

Crianças e adultos gostam de uma boa história. São conhecidos os clássicos contos, folhetins e peças teatrais que se imortalizaram.

Storytelling, em inglês, o termo é composto de “story”, que é “história”, e “telling”, que significa “contar”.

Em milhares de obras da história da humanidade, o “storytelling” é um nome novo para um conceito bastante antigo. Remonta a época pré-histórica, era do pictórico, das pinturas feitas, em sua maioria, em rochedos e parede das cavernas. Isso porque contar histórias e dar a elas significados é tão velho quanto a própria humanidade.

Tecem conteúdos e atitudes

Discussões geradas na novela Mulheres Apaixonadas, sobre os maus-tratos aos idosos Leopoldo e Flora, pela neta Dóris, aceleraram o projeto do estatuto da pessoa idosa e a lei foi sancionada poucos dias antes do fim da novela.

Isto aconteceu há 20 anos, em 1º de outubro de 2003. O então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sancionou a lei 10.741, Estatuto do Idoso, atualmente Estatuto da Pessoa Idosa, que visa a regular os direitos das pessoas com idade igual ou superior a 60 anos.

O estatuto determina que pessoas com mais de 60 anos têm direito a todas as oportunidades e cuidados de sua saúde e seu aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade.

Em um dos artigos está expresso que "nenhuma pessoa idosa será objeto de qualquer tipo de negligência, discriminação, violência, crueldade ou opressão, e todo atentado aos seus direitos, por ação ou omissão, será punido na forma da lei".

Rememorando este grande ato, dia 1º de outubro tornou-se o Dia da Pessoa Idosa, quando se recordam as Diretrizes da Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa:

a) promoção do envelhecimento ativo e saudável;
b) atenção integral, integrada à saúde da pessoa idosa;
c) estímulo às ações Inter setoriais, visando à integralidade da atenção;
d) provimento de recursos capazes de assegurar qualidade da atenção à saúde da pessoa idosa;
e) estímulo à participação e fortalecimento do controle social;
f) formação e educação permanente dos profissionais de saúde do SUS na área de saúde da pessoa idosa;
g) divulgação e informação sobre a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa para profissionais de saúde, gestores e usuários do SUS;
h) promoção de cooperação nacional e internacional das experiências na atenção à saúde da pessoa idosa; e
i) apoio ao desenvolvimento de estudos e pesquisas.

Tecem conteúdos como a desigualdade social

Grandes resultados para trabalhar conteúdos sociais podem se conseguir ao utilizar o “storytelling”.

Clássico da literatura mundial, Romeu e Julieta, a tragédia do escritor inglês Willian Shakespeare (1564-1616) escrita no final do século XVI, relata a história de amor entre Romeu e Julieta. Até os dias atuais, o texto é encenado e possui diversas versões: são filmes, músicas, poesias, pinturas, todos inspirados na obra de Shakespeare.

Os protagonistas dessa história de amor, se apaixonam perdidamente. Eles se conhecem num baile de máscaras, em Verona (Itália) e logo se apaixonam. Suas famílias têm uma longa história de disputas. Entretanto, eles desconhecem suas origens, e nem imaginam que aquele amor pode causar muitos problemas. Proibidos de viverem essa história de amor, eles escolhem a morte. 

Esta história clássica, é adaptada com o nome “Infância de Romeu e Julieta” e levada ao público infantil num canal de televisão, com a participação de muitas crianças. Nesta atualização, é retratado um atual e sério problema de discriminação, questões de relacionamento, causado pela desigualdade social e financeira.

História divina tecida na história humana

O Papa Francisco lembra que depois que Deus se fez história, pela Criação e pela Encarnação, toda a história humana é, de certo modo, história divina. Na história de cada pessoa, o Pai revê a história do seu Filho descido à terra. Cada história humana tem uma dignidade que não se pode negar. Por isso, a humanidade merece narrações que estejam à sua altura, àquela altura vertiginosa e fascinante a que Jesus a elevou.

Um belo “storytelling”, que podemos desenvolver,  lemos na carta de São Paulo aos Coríntios (cf. 2 Cor 3,2): Vós “sois uma carta de Cristo”.

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